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domingo, 25 de abril de 2010

(2010/347) Da baixaria programática da "campanha política" na Internet - 2010 vai ser nojento...


1. Nojento. Simplesmente nojento. Mereciam tudo pilotão de fuzilamento. É cuspir na cara da gente, é cuspir na cara da democracia. Gente torpe. Quanto não rola de dinheiro sujo e roubado por trás desses esquemas manjados e, em 2010, dos esquemas de baixaria midiática. Só há um sentido em haver dinheiro sujo por trás disso - é porque o objetivo é ainda mais dinheiro sujo...


Jogo sujo na rede



"O Golias piscou", comemorou, em seu blog pessoal, o Tijolaço.com, o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), herdeiro político do avô, o ex-governador do Rio Leonel Brizola, que lutou até morrer, em 2004, contra o poder da família Marinho. O pedetista fez mais barulho, inexplicavelmente, do que o PT. Isso porque, com o Twitter de Branco, os petistas venceram a primeira batalha da guerra que se anuncia, sem quartel e sem trégua, na internet durante a campanha eleitoral. Até o departamento jurídico da emissora entrou em campo para precipitar o fim da campanha publicitária. Segundo Ricardo Noblat, jornalista da casa, advogados da empresa consultaram o futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo lewandowski, e chegaram àconclusão de que o melhor era interromper a exibição do comercial (...)" (para continuar a ler, clique aqui ou aqui).



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

terça-feira, 20 de abril de 2010

(2010/321) Porque nem todos os globais são Reginas


1. É, seu moço. De vez em quando a porca torce o rabo, não é não? Tem golpes que já nascem mortos...

Da série ficção, a preferida dos internautas. Começou com um telefonema de um ator consagrado para o diretor do núcleo. Ele estava irado com a peça promocional que foi ao ar na noite de Domingo. Era um institucional de trinta segundos em que ele dizia apenas duas palavras. Mas a montagem induzia o telespectador a acreditar que se tratava, não de uma campanha de aniversário da maior emissora de televisão do país, mas um mosaico grosseiro cujo slogan "a gente faz senpre mais" é uma clara alusão ao do candidato José Serra. E para corroborar com a leviandade, ainda vinha o número quarenta e cinco assinado na peça, ao lado do logotipo. Ao todo, foram quarenta celebridades entre as turmas das produções, humor, shows, esporte e jornalismo. Achei até curioso a manifestação ter partido de um ator e não de um de nós. Afinal, vendemos a eles apenas nossa força de trabalho, não nossas consciências. Será? Nem sei mais... O ator foi duro e franco com o executivo da empresa. Se alguma providência não fosse tomada, ele ia aos jornais dizer que foi vítima de manipulação. Era tudo o que a emissora não queria ouvir nessa altura do campeonato. Ainda que seu candidato pudesse ser o mesmo que o da emissora, ele jamais se sujeitaria a trabalhar naquelas condições. E antes de desligar, avisou: Eu não estou sozinho. O diretor pediu paciência, disse que ia encontrar uma saída. Pensou em quem confiar num momento desses de conflito: talvez um executivo que tivesse bom transito com o jornalismo. Afinal, foi coisa dos herdeiros da Corte do Cosme Velho, incentivados pelo Guardião da Doutrina da Fé, pensou. Assim que amanheceu propôs o encontro ao executivo que considerou ser hábil o bastante para apagar o fogo. Nisso a internet já fervilhava. Pressões vinham de todos os lados, a opinião pública, os patrocinadores, os políticos, os amigos. É preciso convencer a direção de que foi um tiro no pé. Mas como fazer isso? Juntando argumentos. E lá foram os dois tentar convencer os acionistas de que aquilo fora um erro. Os artistas respeitam os interesses comerciais e políticos da emissora, mas consideram que não cabe a eles exercer esse papel institucionalmente. O artista é o vendedor de sonhos e ilusões para todos, não só para um determinado grupo político. Afora os artistas, tem os jornalistas que emprestam sua credibilidade à emissora. Ações assim pode arranhar para sempre esse vínculo com o telespectador. E assim foram as tratativas durante toda a tarde. Ok, mas qual seria a solução? Pensaram em várias. Ao final do encontro triunfou aquela que diz assim: "O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo foi criado - comprovadamente - em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans. Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada. Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação do filme." Esta noite não vai ser boa, nem para o Guardião, nem para a Central de Comunicação, e muito menos para o patrão. Nós aqui fora sabemos de tudo! O Povo não é bobo. Fiquem espertos.


2. Sim, sim. Nós estamos espertos. Por exemplo, deu no Nassif: "a conversa de que o filme foi criado em 2009 é mais uma mentira deslavada". Será que mentiu? Hum, será? Que coisa feia, heim, seu moço! Ah, e olha essa, agora: “Foi depois que um dos seus advogados se reuniu em Brasília com o ministro Ricardo Lewandowski, o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que a TV Globo decidiu retirar do ar a campanha que celebrava seu 45º aniversário". É porque o PT conseguiria mole, mole, direito de uso do mesmoe espaço... Essa Globo perdeu mesmo o jeito de dar golpes...



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

quarta-feira, 7 de abril de 2010

(2010/301) A Globo, sempre a Globo


1. É bom a gente não esquecer o que a "Vênus Platinada" já fez, porque ela continua a fazer. O "velho" Garcia continua tinindo e retinindo nas manhãs globais...




2. No fundo, só se pode manipular uma população manipulável. Não estaríamos aqui preocupados com a Globo, a Veja, os jornalões do PIG, se a população não fosse manipulável. Mas é, e, nesse contexto, tudo quanto vem da "telinha", vem com a intenão clara, claríssima, de manter o status quo e o poder da pequena e infeliz elite nacional. Sem dúvida, Lula ter ganho desse establishment foi uma façanha, uma senhora façanha, que oxalá se repita no final do ano.



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

domingo, 14 de fevereiro de 2010

(2010/137) De Bíblias e de tribos engajadas


1. Bíblia de um lado, "povo" e "comunidade" de outro, lá se vai a grande correição dos (possíveis?) auto-enganos. Há quem insista em afirmar - em solene tom de "acusação" - que o "trabalho" com a Bíblia é mais recomendável que a pesquisa "morta" e "fria": mutirões, assessorias, grupos de estudo, "encontros", "oficinas" - o modus operandi é grande. "A exegese da PUC é fria e morta", alega-se: "é preciso gerar vida com os estudos bíblicos"...

2. Bem, em primeiro lugar, deixem-me deixar claro que não se trata, aqui, de uma "defesa da exegese da PUC". Quando se fala desse jeito, é de algumas pessoas da PUC que se está falando, quero dizer, não é à PUC que se faz referência, diretamente, mas é tiro indireto, mas com destino que se sabe reconhecido... Exegese morta e fria? Sei de quem se está falando...

3. Não quero levar muito longe esse desabafo. Apenas direi o seguinte: não conheço muitas exegeses engajadas "exegeticamente" sustentáveis. Há, sim, evidentemente, aqui e ali, tentativas de se criar "vida" com um mínimo de honestidade acadêmica. São momentos, parece, em que um senso de "missão" se faz em face do espelho... Mas, diferentemente dessas exceções raras e apreciáveis, na maioria dos casos a Bíblia é manipulada grosseira e alegoricamente, e, como a "comunidade", vítima, entende tanto de exegese quanto eu de culinária, faz-se de conta que a Bíblia ali tem algo a dizer, quando, a rigor, quem o diz são os ventres - eventualmente, bem-intencionados... Onde a Bíblia é maniplada, pessoas igualmente o são. Para o bem? E existe esse conceito?

4. Há casos de "engajamento bíblico" de caráter evangelical - "missão integral". Há casos de engajamento bíblico de caráter prioritariamente puritano-confessional - "fundamentalismo". Há casos de engajamento bíblico "libertador" - alegoria latino-americana. Cada um tem direito de fazer o que queira, mas que o conjunto se constitui como manipulação "branca", seja, de um lado, da Escritura, seja, de outro, da própria comunidade - não me vejo em condições de negar. Onde quer que adultos sejam tratados como crianças - e usar a Bíblia com quem não sabe interpretá-la não me parece decente - instala-se a disfunção política: os adjetivos que se auto-atribuem são bonitos, mas a verdade é que, na prática, se trata de manipulação. No fundo, cópia daquela classe de catecúmenos de oitenta e quatro...

5. Não estou dizendo que não se faça. Eu não sei nada sobre a vida - muito menos sobre as pessoas. Vai ver as pessoas são mesmo bonecos de manipular, com amor e tudo, com o furor do Espírito no ventre de catequistas, missionários integrais, fundamentalistas e libertadores... Se se dizem tão movidos pelo Espírito, como vou eu negar, eu, que nada sei desses movimentos intestinos? Vai ver os escolhidos são mesmo um povo especial, que o Espírito usa para iluminar os ignaros... Vai ver... Como não sei nada sobre isso, e como me constrange dizer a pobres e humildes aquilo que "a Bíblia diz" para eles fazerem, não posso me dar ao luxo de engajar-me. Minha consciência não me permitiria mais esse pecado.

6. Para mim, só resta um caminho que contemple, ao mesmo tempo, Bíblia e comunidade: educação - ensinar o povo a ler, e ler criticamente. Qualquer técnica de dar interpretações prontas, mesmo as da Teologia da Libertação, tão na moda para quem gosta de criticar a pesquisa, é, a meu ver, reprovável. E mais ainda, quando, diante da pesquisa, porta-se como modelar. Presunção - self-deception... Há um poço sem fundo diante dos olhos de quem ousa admitir que tem nas mãos a sabedoria de dizer aos outros o que fazer - e, ainda mais, com ornamentos divinos na voz. Parece subir certo cheiro desse poço... Mercadoria, diria Menocchio, mercadoria... A alma sacerdotal é camaleão... Cínica, deveria admitir-se aristocrata, teocrata, clerical...

7. Se eu conheço trabalhos de educação bíblica? Não - conheço trabalhos "engajados". Neles, a Bíblia é, meramente, "instrumento". Em termos operacionais, alguma diferença entre as bibliopraxis engajadas? A "vida" está na visão de mundo do catequista, ele faz que a retira da Bíblia, faz crer nela a "comunidade" - ah, palavra cínica! - e dá por cumprida a "missão" - outra palavra-deboche.

8. Há alguma lucidez por aí. Não é posível passar pelo século XX sem a crítica à "objetividade" das interpretações. Daí o "bloco" hermenêutico-lingüístico da pós-modernidade engajada - já que não há objetividade, a vida está, mesmo, na "interpretação"... Mas, reparem, companheiros, que a Bíblia, objeto pré-moderno, permanece debaixo do braço - elemento objetivo da hipnose do bem... Deus paupável...

9. Já disse: deixem-me quieto com minhas pesquisas. Não saio a campo para azucrinar a vida de quem está a deliciar-se com a sensação divina de cumprir sua missão divina. Mas, por favor, não procurem modos de fazer chegar aos meus ouvidos frios e mortos as críticas vivas e sagradas à minha fria e morta morte crítica. Uns com carne, outros com celulose - cada qual pastoreando seu rebanho... Ou, como dizia minha avó, cada macaco no seu galho... cada ovelha no seu redil...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

sábado, 23 de janeiro de 2010

(2010/069) Do conhecimento acerca do fenômeno religioso


1. Num post recente, transcrevi um texto de Noam Chomsky, no qual ele enumera dez estratégias dos meiOs de comunicação para a "manipulação" das massas. Quero transcrever a décima estratégia, e falar dela... mas aplicando-a ao meio em que laboro: a Teologia, de modo geral, e às lideranças religiosas, de modo específico, isto é, à pastoral.

2. Eis a transcrição:

10 - Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem. No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
3. Sei que, dizendo-o, aborreço um bocado de gente, mas direi, assim mesmo. Se eu estiver errado, mais cedo ou mais tarde, a jaca cai na minha cabeça, e pronto (se bem que nada impede que ela caia, mesmo em estando eu certo...). Vamos lá.

4. Desde há duzentos anos - transporto-nos para o começo do século XIX, então - que o conhecimento sobre o "homem", de modo geral, e sobre a "cultura", de modo mais específico, e, particularmente, sobre os fenômenos religiosos, vem crescendo vertiginosamente - e se acumulando. A cada década se sabe mais, e melhor, do que nas décadas anteriores. Ora, mesmo um sujeito não religioso, de posse das informações científicas acerca dos fenômenos religiosos "sabe" muito mais do sujeito religioso do que o próprio sujeito religioso - que eventualmente não possua tais informações.

5. Não importam os argumentos subjetivistas e intimistas: ah, só quem exprimenta, blá blá blá... Mesmo o que nós religiosos chamamos de "experiência" é objeto de estudo, e de conhecimento, quer seja da Antropologia, da Psicologia, da Sociologia, e, mais recentemente, das Ciências Cognitivas. De modo qe não vem ao caso o que o sujeito sinta ou deixe de sentir, porque até tais sensações - as tais "experiências" - podem ser facilmente produzidas, induzidas, manipuladas, fabricadas (e o são!) (e, nesse caso, o parágrafo de Chomsky aplica-se integralmente).

6. É por isso que não considero boas - para ficar num adjetivo menos pesado - as estratégias de lideranças religiosas ditas progressistas que, em lugar de levar a sério o conhecimento que temos dos fenêmenos antropológicos, psicológicos, sociológicos, científico-cognitivos, envolvidos em uma "experiência religiosa", antes, ainda fomentam interpretações mitológicas, metafóricas, absolutamente dissociadas de educação e emancipação critica, as quais resultam na manutenção de sistemas de relações injustificáveis. Não sei se o argumento de boa intenção ajuda em alguma coisa...

7. Penso, seriamente, no seguinte juízo de valor: qualquer relação com o fenômeno religioso que desconsidere as informações científicas sobre ele, que as sonegue, em nome de Jesus ou do Diabo, tanto faz, é "criminosa".

8. Temos, de um lado, uma multidão de líderes reigiosos absolutamente ignorantes - em sentido estrito -, que mantém, por negligência, incompetência ou má fé, milhões de pessoas em absoluta alienação de si mesmos enquanto sujeitos religiosos, pessoas que se lêem a partir de paradigmas medievais ou ainda mais antigos. De outro, lideranças ditas esclarecidas (?), mas cujo jogo permanece a manutenção das massas naquela mesma plataforma mitológica medieval. Onde está o "progressismo", aí - na arrogância de se consideram melhores que aqueles outros líderes, ignorantes? Mas, se fazem a mesmíssima coisa?!...

9. Temo que a prática da comunidade de líderes religiosos - maximamente os cristãos - encaixe-se perfeitamente na estratégia denunciada por Chomsky. Se meu temor tiver fundamento, miseráveis os homens e as mulheres que caírem em suas garras. Porque cuidam, todos, estarem indo para o céu...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

(2010/062) Chomsky e as "leis" da manipulação


1. Na Internet é assim - e o que a gente faz é ir dando os créditos: o Fog pegou no Miro, e pôs no Nassif, onde eu li, e, lendo, fui ao Miro, de onde, agora transcrevo: Chomsky e as estratégias de manipulação. Eu duvido que, enquanto você estiver lendo, não vá identificando traços claros da ação das diversas mídias brasileiras - TV, jornais, rádio, Internet. Não vou negar: também a mídia evangelística-evangélica brasileira lambuza-se até a indecência nessas práticas. É que elas... funcionam. E, no undo, as (e "os) midias são todas iguais.

2. Com vocês, Noam Chomsky (bem, é o que Miro diz).




O lingüista estadunidense Noam Chomsky, que se define politicamente como “companheiro de viagem” da tradição anarquista, é considerado um dos maiores intelectuais da atualidade. Entre outros estudos, ele elaborou excelentes livros e textos sobre o papel dos meios de comunicação no sistema capitalista. É dele a clássica frase de que “a propaganda representa para a democracia aquilo que o cassetete significa para o estado totalitário”. No didático artigo abaixo, Chomsky lista as “10 estratégias de manipulação” das elites. Vale a penar ler e reler:

1 - A estratégica da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

2 - Criar problemas, depois oferecer soluções. Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3 - A estratégia da degradação. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em “degradado”, sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.

4- A estratégica do deferido. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5 - Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por que?“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como a de uma pessoa de 12 anos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6 - Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7 - Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

8 - Promover ao público a ser complacente na mediocridade. Promover ao público a achar "cool" pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- Reforçar a revolta pela culpabilidade. Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!

10 - Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem. No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

(2009/611) Nada novo no front...


1. Trata-se do Google. O Oráculo moderno. Deus fala pela sua boca. Você quer uma informação, E/ele dá. Qualquer uma. Pergunte o que quiser e o Oráculo responde. Independentemente do que os crentes nos Oráculos pensam dos Oráculos, Deus sempre falou o que os Oráculos queriam. Deus sempre esteve a serviço deles, seja dos profetas de esquerda, seja dos sacerdotes de direita. Se Deus existe, se Deus é livre, não é, sem dúvida, na boca de profetas e sacerdotes que vai ser encontrado. Se eu não posso saber se Deus existe ou não, tenho, contudo, plena convicção de que o que sai da boca dos Oráculos, de esquerda e de direita, é aquilo que vai no ventre da esquerda e da direita, que ora sai por cima, ora por baixo...

2. Vejam o que o Oráculo faz, isto é, o que sacerdotes/profetas do Oráculo fazem que ele faça, igualzinho aos sacerdotes de todas as religiões, que fazem seus deuses dizerem o que eles, sacerdotes, querem. Se você digita a palavra mentiroso no Google, ele te manda, por primeiro, ao site da Wikipedia que fala de... Luiz Inácio Lula da Silva... Não precisa dizer mais nada: protótipo de todos os Oráculos... E esse, com uma dose de escárnio extra. Se bem que de escárnio Deus também entenda, como disso o sabe bem o Sl 2...


3. Não foi exatamente assim que Deus fez maus todos os reis do Norte?, e que, depois, fez converter-se Manassés, para boa catequese da teologia da retribuição? Pois então: a um despeitado qualquer, um invejoso da turma do lado de lá, brincar com o Oráculo, ofendendo a honra de um Presidente dá no mesmo... No fundo, é tudo "religião"... A mentira é a maior verdade religiosa...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

quinta-feira, 18 de junho de 2009

(2009/363) Da quase-pornográfica manipulação da mídia


1. E basta:

Aplausos censurados, o desespero da mídia
Gilson Caroni
CARTA MAIOR

Os governos militares censuravam a imprensa para impedir a denúncia de torturas, de escândalos administrativos e quaisquer notícias que evidenciassem as crises e a divisão interna do regime. A censura política das informações, institucionalizada pela Lei de Imprensa e pela Lei de Segurança Nacional, foi um dos pilares de sustentação da noite dos generais. Esse era o preço imposto pela ditadura.

Passados mais de 20 anos da redemocratização, com a crescente centralidade adquirida no processo político, a grande mídia comercial tomou para si o papel de autoridade coatora. Sem qualquer pretensão de exercer papel decisivo na promoção da cidadania, não mais oculta seu caráter partidário e deixa claro quais políticas públicas devem permanecer fora do noticiário.

A construção negativa da persona política de lideranças políticas do campo democrático-popular tornou-se o seu maior imperativo. Invertendo a equação da história "republicana" recente, há seis anos a imprensa passou a censurar o governo. Esse é o preço imposto pelo jornalismo de mercado; pelas relações de compadrio entre redações e oposição parlamentar, e pela crise identitária dos que foram desmascarados quando se esmeravam para definir qual era a “democracia aceitável”.

Com o esgotamento do modelo neoliberal, sentindo-se cada vez mais ameaçada como aparelho privado de hegemonia, a edição jornalística já não se contenta mais em subordinar a apuração ao julgamento sumário de fatos e pessoas. Censurar registros que sejam incômodos aos seus interesses político-econômicos, deslegitimado uma estrutura narrativa viciada, passou a fazer parte da política editorial do jornalismo brasileiro.

Em recente viagem a Genebra, o presidente Lula foi ovacionado ao discursar no Conselho Nacional de Direitos Humanos da ONU. Depois, segundo relato da BBC, " foi aplaudido seis vezes" ao criticar o Consenso de Washington e o neoliberalismo na plenária da OIT. O silêncio dos portais da grande imprensa e a ausência de qualquer referência ao fato nas edições da Folha de São Paulo, Globo e Estadão foi gritante.

Representou o isolamento acústico dos aplausos recebidos. Uma parede midiática que abafa o “barulho insuportável" na razão inversa com que ampliou as vaias orquestradas na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos em 2007, no Rio de Janeiro. Nada como um aparelho ideológico em desespero.

Se pesquisarmos as raízes do comportamento dos meios de comunicação, veremos que elas nos dirão o quanto já é forte a desagregação da ordem neoliberal a qual serviram desde o governo Collor, passando pelos dois mandatos de FHC. Durante doze anos (de 1990 a 2002), a sociedade civil sofreu rachaduras sob os abalos devastadores da "eficiência" de mercado. Elas afetaram a qualidade da história, as probabilidades de uma República democrática e de uma nação independente.

Lula aparece como condensação das forças sociais e políticas que se voltaram para a construção de um novo contrato social. O tucanato, com apoio de seus porta-vozes nas redações, figura como ator que tenta reproduzir o passado no presente, anulando ganhos e direitos sociais. O que parece assustar colunistas, articulistas e blogueiros é o crescente repúdio á truculência infamante que produzem diariamente. Salvo, claro, a parcela da classe média que tem no denuncismo vazio e no rancor classista elementos imprescindíveis à sua cadeia alimentar. Aquele restolho que costuma pagar a ração diária com comentários insultuosos, sob a proteção do anonimato.

É preciso ficar claro que estamos avançando. Ou os de cima aprendem a conviver com os de baixo, ou como na fábula da cigarra e da formiga, poderão descobrir o arrependimento tarde demais. Seria interessante para a própria imprensa que trocasse os insultos de seus escribas mais conhecidos pelo debate verdadeiramente político. Aquele que busca compreender as condições sociais, políticas, culturais e econômicas de uma modernização que, por não promover exclusão, representa revolução democrática combinada com mudança social. Isso inclui aplausos, mesmo que abafados.


Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

2. Pior do que essas manipulações, só aquele deboche fonético do Heródoto, na CBN. Haja anti-emético!


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

PS. E o oscar de cara-de-pau e cinismo vai para: ... "publicam uma notícia falsa (a de que a manobra fiscal da Petrobras era ilegal) e comemoram o fato de que a falsificação gerou uma CPI". Quem é? Quem é? Plim! Plim! E 2010 nem chegou ainda!...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

(2009/342) Ha! Ha! Ha! Ha! Ha!


1. O moleque, do conto, gritava, "ai, minha cabeça!, ai!, minha cabeça!, e o profeta vai cuidar dele, mais tarde. Eu grito: ai!, minha barriga!, ai! minha barriga!, e ninguém me pode curar... Estou aqui me estrebuchando de rir, dando gargalhadas, divertindo-me à beça com a coisa mais estrambótica que já li... Johan Huizinga chamaria a esses senhores de "jogadores", e, à PETROBRAS, de "desmancha-prazer". Ela jogou água no cozido da maedia, e a maedia está aborrecidíssima. Ai!, meu cozido!, ai! meu cozido! Está pensando em ir reclamar com... com... com o bispo!

2. Ha! Ha! Ha!

3. Eis a "nota" - peça cômica" - da Associação Nacional de Jornais:

ANJ se manifesta contra Petrobras
Empresa divulga perguntas de jornalistas antes de matérias serem publicadas.

NOTA À IMPRENSA

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) manifesta seu repúdio pela atitude antiética e esquiva com que a Petrobras vem tratando os questionamentos que lhe são dirigidos pelos jornais brasileiros, em particular por O Globo, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, que nas últimas semanas publicaram reportagens sobre evidências de irregularidades e de favorecimento político em contratos assinados pela estatal e suas controladas.

Numa canhestra tentativa de intimidar jornais e jornalistas, a empresa criou um blog no qual divulga as perguntas enviadas à sua assessoria de imprensa pelos jornalistas antes mesmo de publicadas as matérias às quais se referem, numa inaceitável quebra da confidencialidade que deve orientar a relação entre jornalistas e suas fontes. Como se não bastasse essa prática contrária aos princípios universais de liberdade de imprensa, os e-mails de resposta da assessoria incluem ameaças de processo no caso de suas informações não receberem um “tratamento adequado”. Tal advertência intimidatória, mais que um desrespeito aos profissionais de imprensa, configura uma violação do direito da sociedade a ser livremente informada, pois evidencia uma política de comunicação que visa a tutelar a opinião pública, negando-se ao democrático escrutínio de seus atos.

Brasília, 8 de junho de 2009

Júlio César MesquitaVice-Presidente da ANJ

Responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão


4. Alguém me ajude aí. Zabatiero disse que meus alunos e eu, juntos, não soubemos ler os artigos da Estudos Teológicos 47/2 - bem, eu sozinho posso estar tendo alucinações com essa "nota": é isso mesmo que eu li? A ANJ está reclamando da transparência da PETROBRAS, único antídoto contra a manipulação de perguntas-respostas à luz de munições fornecidas sabe Deus como, e com intenções claramente anti-governistas, e com vistas a 2010? É isso? E tiveram coragem de dizer isso em público? Deus do céu! É o fim do mundo... Ou da ANJ...


5. Bem, justiça seja feita: é de direito... Chama-se juris esperniandi...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

PS. Toma lá - dá cá: e a PETROBRAS imediatamente reage à "nota" da ANJ:

Sobre a nota da ANJ
Junho 8, 2009 by Blog Fatos e Dados Petrobras

A propósito da nota da Associação Nacional dos Jornais sobre o blog Fatos e Dados, emitida pela entidade em 08/06/2009, a Petrobras declara:

O blog foi lançado com o objetivo de apresentar fatos e dados recentes da Petrobras, o posicionamento da empresa sobre as questões relativas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), e garantir a total divulgação dos esclarecimentos solicitados pela imprensa e as respectivas respostas enviadas aos jornalistas. A Petrobras respeita os princípios universais de liberdade de imprensa, tanto que, em nenhum momento, se esquivou de responder às perguntas enviadas, de forma direta e clara. Tampouco, usou de qualquer meio para evitar a publicação de reportagens e notas, mesmo quando a empresa está sendo atacada.

A noção de confidencialidade e sigilo, como a própria nota da ANJ registra, é um princípio que norteia a relação dos jornalistas com suas fontes (pessoas ou empresas, consultorias). O objetivo principal é preservar aqueles que passam informações aos jornalistas e que, por qualquer motivo, precisam ou querem se manter no anonimato. Mas não há compromisso semelhante de confidencialidade e sigilo da fonte para o jornalista, pois isso limitaria o próprio caráter público e aberto da informação.

Quanto à suposta ameaça citada na nota da ANJ, em seus parágrafos três e quatro, esclarecemos que a Petrobras respeita a imprensa e jamais faria ou fez qualquer ameaça a jornalistas ou jornais. A nota se refere, na verdade, a uma mensagem de segurança padrão e automática, sem qualquer vínculo com o relacionamento com a imprensa e veiculada há anos na correspondência eletrônica emitida a partir do correio eletrônico da Petrobras, por todos os funcionários da empresa. Essa é uma proteção amplamente adotada por provedores confiáveis, e mensagens semelhantes acompanham emails enviados por jornalistas de diferentes veículos. No caso da Petrobras, a mensagem é destinada, principalmente, aos empregados da empresa. Isso pode ser facilmente constatado pela própria leitura da íntegra da mensagem (O emitente desta mensagem é responsável por seu conteúdo e endereçamento. Cabe ao destinatário cuidar quanto o tratamento adequado. Sem a devida autorização, a divulgação, a reprodução, a distribuição ou qualquer outra ação em desconformidade com as normas internas do Sistema Petrobras são proibidas e passíveis de sanção disciplinar, cível e criminal). O foco interno fica bem claro na citação às normas internas do Sistema Petrobras e na menção a sanções disciplinares, o que só é possível adotar em relação a funcionários.

A Petrobras reafirma que, assim como os veículos de comunicação, defende a livre e ampla circulação de idéias, informações e conhecimento. Como companhia de capital aberto e maior empresa do Brasil, com negócios em diversos países, consideramos que é nosso dever garantir que clientes, acionistas, parceiros e toda a sociedade tenham pleno acesso aos esclarecimentos prestados por nós. Este é o nosso único objetivo.


E MAIS

A ABI e o blog da Petrobras
By Blog Fatos e Dados Petrobras

Veja abaixo a carta enviada pelo presidente da Associação Brasileira de Imprensa:

A ABI considera legítima a decisão da Petrobras de criar um blog para divulgação das informações que presta à imprensa e especialmente aos veículos impressos, uma vez que as questões relativas ao seu funcionamento e aos seus atos de gestão interessam ao conjunto da sociedade, que não pode ficar exposta ao risco de filtragem das informações típica e inseparável do processo de edição jornalística. A empresa tem o direito de se acautelar, através das informações que difunde no blog, contra as distorções em que os meios de comunicação têm incorrido, como a própria ABI registrou em matéria publicada da edição de 31 de maio de um dos jornais que agora se insurgem contra o blog da empresa.

A criação do blog constituiu-se em instrumento de autodefesa da empresa, que se encontra sob uma barragem de fogo crítico disparado por vários veículos impressos. Não se poderá alegar que é assegurado à empresa o direito de resposta, uma vez que quando este for exercido a informação nociva já terá produzido afeitos adversos. Ademais, é conhecido principalmente dos jornalistas o tratamento que a imprensa concede tradicionalmente ao direito de resposta, se e quando o reconhece e o acata: a informação imprecisa ou inidônea é divulgada com um destaque e uma dimensão que não se confere à resposta postulada e concedida.

O presente confronto entre a empresa e alguns veículos de comunicação tem inegável cunho político, com favorecimento de segmentos partidários que se opõem ao Governo Lula. A Petrobras encontra-se, infelizmente, na linha de tiro do canhoneio contra ela assestado. Atacá-la com a virulência que se anota agora não faz bem ao País.

Rio de Janeiro, 9 de junho de 2009
Maurício Azêdo, Presidente"

Podiam ter dormido sem essa!

domingo, 7 de junho de 2009

(2009/338) Ninguém segura a blogosfera!


1. Que dias vivemos! E nunca o imaginamos - antes dele chegar! E, se chegamos a concebê-lo - agora o vivemos, nós, nós! Ah!...

2. Esse pronunciamento da PETROBRAS me parece simbólico - mais: um marco. O mundo não vai dar ré - e, se der, não vai ser para o mesmo lugar de onde veio...

3. Nossa opinião.

3.1 Em relação a matéria publicada na edição de hoje, 07/06, no jornal O Globo, intitulada “Petrobras vaza em blog informações obtidas por jornalistas”, a companhia entende que não houve quebra de confidencialidade ou ilegalidade na publicação das perguntas e respostas enviadas aos jornalistas no recém lançado blog Fatos e Dados.

3.2 Com efeito, a relação entre a Petrobras e os veículos de comunicação que a interpelam é essencialmente pública. Neste contexto não há espaço para informação sigilosa, como o verbo “vazar” utilizado no título pressupõe. Tanto as respostas da Petrobras são públicas quanto as perguntas dos repórteres também o são, ou deveriam ser.

3.3 A publicação das respostas no blog, antes da decisão editorial de o jornal publicar ou não a reportagem em questão, reforça o objetivo da Petrobras de alcançar o máximo de transparência possível no relacionamento com seus públicos de interesse.

3.4 A agilidade no tratamento e no encaminhamento das respostas ao sempre legítimo questionamento da imprensa demonstra também o compromisso da Cia em prestar todos os esclarecimentos a ela solicitados.

3.5 A Petrobras tem liberdade para publicar a íntegra das respostas que fornece aos veículos de comunicação porque é fonte e detentora dos dados disponibilizados. No campo jurídico, especialistas consultados reafirmam a legalidade de nossa decisão. Cabe-nos, entretanto, ressaltar que a medida não tem como objetivo prejudicar o trabalho dos jornalistas.

3.6 A iniciativa de criar o blog Fatos e Dados, na opinião da Petrobras, é um marco na construção de novas pontes de comunicação com os públicos de relacionamento da companhia em uma nova era de circulação de informação digital em tempo real. A chamada blogosfera permite uma relação direta entre a fonte divulgadora de informação e leitores, sem a necessidade de filtros, de maneira que a decisão sobre o que interessa de fato ao receptor seja por ele selecionada, na medida em que tem acesso a íntegra das perguntas e respostas.

3.7 Entende, ainda, a Petrobras que contribui com o avanço democrático ao possibilitar um diálogo mais profundo nessa complexa teia, composta por intermediários pulverizados e integrados em redes múltiplas.

3.8 Por fim, cabe ressaltar que o objetivo do blog é essencialmente dar transparência aos processos da Petrobras e não prejudicar o levantamento de fatos e dados de jornalistas. Ao contrário, a divulgação prévia poderá propiciar aos veículos, inclusive, que justifiquem mais tecnicamente suas legitimas posições editoriais. Quaisquer que sejam elas, desde que explicitamente opiniões, serão sempre legítimas no entendimento da Petrobras".



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2009/337) A face apócrifa e subterrânea da pós-modernidade não-fundacional


1. Insisto, e quem houver de ficar aborrecido, só tomando um banho frio - a pós-modernidade, de recorte epistemológico pós-fundacional, escolhe: ou serve aos interesses mais estapafúrdios e esdrúxulos, ou serve para acabar com toda possibilidade de discurso crítico e criticável.

2. Um exemplo muito simples, mas que sai da sala de aula, sala de aula onde tudo pode, onde os mestres parem mundos de sua cabeça, e eles, tanto faz, os mestres, os mundos, ficam voando, sem chão, na sua frente, opa!, eu quero esse, opa!, eu quere esse outro!, ah!, esse aqui é meu, ah!, eu gosto desse...

3. Acompanhe-se de perto o caso maedia corporativa (até escrever o nome dos jornalões me dá urticária - mas esses aí, das bancas, de manchetes decididas político-partidariamente) versus blog da PETROBRAS. Ah, esse, sim, é um caso para que se possa ver o quanto vale e a que servem essas epistemologias não-fundacionais...

4. Vamos lá. A maedia corporativa tem a sua pauta - Deus sabe onde (eu desconfio onde) essa pauta é montada e por quem ela é municiada. A partir das munições que recebe das "fontes" (ah, se eu fosse uma mosca...), a maedia elabora "perguntas". A PETROBRAS responde. A maedia diz o que quer dizer. Ela escolhe uma ou duas frases, para ter como dizer que cita a PETROBRAS, e, com essas duas ou três frases, escreve o que quer escrever, incitando os leitores a suspeitas as mais sofisticadas - e politicamente dirigidas...

5. Não importa que a PETROBRAS negue. Os jornalões escrevem o que qerem escrever. Pois bem, Rortys da vida: com quem está a verdade? Não-fundacionismo significa que não há fundamnto que não o discurso... Tudo é discurso, até o poste da rua... Você acorda de manhã, vai à padaria, bom dia, senhor discurso, bom dia, senhora frase, e, porque fica dando atenção aos senhores discursos e às senhoras frases, acaba pisando no cocô de um cachoro-discurso...

6. Ainda que a pragmática desse imbróglio (Brasil, 2010, CPI, oposição-de-olho-em-2010, maedia e PETROBRAS) seja político, fatos são fatos. Às favas com quem afirme que não há fatos. Quem tem prisão de ventre, decerto, não é pós-moderno! Quem tem prisão de ventre há de - literalmente - curvar-se aos fatos, se você me entende... Se o critério não for a verdade factual, jornalística, documental, ela será meramente show e comício, seja do José Soares e de suas "meninas" (que papelão, meninas!), seja do Faustão. Dá na mesma a Polícia Federal e o Tiririca. Deus do céu!, em que mundo estamos?

7. Testemunhar esses dias! Enxergar com esses olhos que vão pedindo óculos-para-perto esse jogo de palavras em torno dos fatos, a esconder os fatos, a deturpar os fatos, e, para além de deturpar os fatos, jogo de torcer as palavras, de sofismá-las, de fingir que as leva a sério, essa hipocrisia política.

8. Porém, se você tem olho na cara, sabe ler, e bom-senso, basta acompanhar o blog da PETROBRAS. Divirta-se, de um lado, com as p*** certeiras que ela está a dar na cabeça dos jornalões, cada linha lá, uma resposta cá, o que não se via no Brasil... bem, eu nunca vi isso no Brasil! E estou adorando! De outro lado, poderá ler as perguntas dos jornalões (sim, de modo admirável, e para furor incontrolável dos jornalões, que alega "vazamento de perguntas" [é para rir?], o blog está disponiblizando o roteiro das perguntas que os jornalões encaminham), ler as respostas que a PETROBRAS dá às perguntas, e ver como os jornalões compõem seu discurso pós-moderno - cínico e comprometido, mas, ccertamente, não com a verdade, nem com a sintaxe...

9. Sim, sim, sei onde quer chegar esse Senhor Não-Fundamento. Para ele, bom mesmo é um bom blog de crítica, para metê-lo no buraco de onde não devia nunca ter saído. Mas, já que saiu - Rodox nele...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

sábado, 6 de junho de 2009

(2009/333) Lixo - entre panfleto e politicagem (com toques de ignorância)


1. É por isso que desde há alguns meses não leio uma única linha dos jornalecos nacionais, não compro revistas das empresas associadas, e muito mal paro para assistir a telefornais. Não é que sejam apenas inúteis, e são - já que temos, agora, a Internet. É que são além de inúteis, sujos (não embrulhe seu peixe com eles!): politiqueiros, de péssima qualidade. Deixo a cargo dos meus blogueiros preferridos a nauseabunda tarefa de varrer o lixo para mim.

2. Eis aí a última porcaria dessa sucursal da Geena:

2.1 "Não sei o nome a dar a essa reportagem. Vou me conter.

2.2 O Movimento Brasil Competitivo (MBC) surgiu do Prêmio Qualidade do Setor Público, criado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. Foi a maneira encontrada por Jorge Gerdau para dar flexibilidade às ações visando expandir o conceito de qualidade. É uma iniciativa conjunta dos setores público e privado. Tem dinheiro público e privado aplicados na melhoria da gestão.

2.3 Sem informar quem são os beneficiários da ação do MBC, o besteirol produzido pela sucursal de Brasília lança suspeitas sobre os doadores. A maioria dos doadores é do setor privado. O Movimento pela Qualidade já foi implantado no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais com enorme repercussão junto ao setor público, grandes e pequenas empresas. Agora, pretende se expandir para outros estados e outras áreas do setor público. São empresas beneficiadas pelos conceitos de qualidade que estão devolvendo ao país parte do que receberam, através da expansão desses programas para todas as áreas.

2.4 A reportagem insinua conflito de interesses, pelo fato da Petrobras ter diretores (não remunerados) no Conselho da entidade. As repórteres não têm a mínima ideia sobre o que são o MBC, a Fundação Nacional da Qualidade, a importância dessas iniciativas no aprimoramento dos serviços públicos. Aliás, no último prêmio, a Petrobras conseguiu o feito inédito de ter vencido inscrevendo todas as suas refinarias para serem analisadas e certificadas - em geral, empresas inscrevem uma unidade ou departamento.

2.5 Publica que a Ministra Dilma Roussef “jamais” participou das reuniões do MBC, como se ela estivesse se desculpando por algo suspeito. Participam desse movimento a Gerdau, Natura, Laboratórios Fleury, Ambev, Usiminas, Belgo Mineira, Fiat, Itau, Weg - em suma, TODAS as melhores empresas nacionais.

2.6 É a prova maior do anacronismo da cobertura dos jornais. Jamais cobriram uma premiação da FNQ. Se cobrissem, veriam divisões do Exército, a própria Petrobrás, empresas privadas de todo o país disputando os premios de melhoria de gestão. Poderiam informar seus leitores sobre o país moderno que está emergindo dessas ações.

2.7 Preferem jogar tudo na mesma cloaca onde repousa o jornalismo de lixo".


3. Tudo isso é muito triste, porque revela o pacto espúrio que a maedia-shopping fez com certas figuras do atraso nacional.

4. Há algum tempo, uns quatro anos, vi de perto é que é a sanha e a intriga de professores metidos com politicagens. Iagino, de longe, o que não é isso, mas, agora, praticados por maedia-men e "jornalistas"... É a filial do Inferno...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

segunda-feira, 25 de maio de 2009

(2009/292) Em reais e em euros


1. Tenho de rever meus conceitos. Achava que era um problema de Terceiro Mundo, mas, pelo jeito, também no Primeiro Mundo se pode perder completamente o bom senso, tornar-se quérulo, transformar-se numa massa de modelar e entregar-se na mão de prestigitadores e suas contas bancárias - e pagando em euros. No Brasil, ao menos, é mais baratinho...

2. Ah mas é que aqui se ganha no atacado...

3. O quê? Não entendeu? A BBC Brasil explica: "Cientologia é julgada por fraude e pode ser banida na França". Se a moda pega no Brasil, heim!...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

quarta-feira, 20 de maio de 2009

(2009/276) Pra quem leva a maedia brasileira a sério


1. Sensacional, caros leitores. Um tostão do caráter íntegro da maedia brasileira. Tonto quem ainda gasta tempo com ela...

Petrobrax para iniciantes
Por
Leandro Fortes
(20/05/2009)

Eu estava mesmo querendo falar sobre essa incrível cruzada ao fundo do poço que a oposição, PSDB à frente, decidiu empreender contra a Petrobras, justo no momento em que a empresa se posiciona como uma das grandes do planeta. Sim, a inveja é uma merda, todo mundo sabe disso, mas mesmo a mais suntuosa das privadas tem um limite de retenção. Como não se faz CPI no Brasil sem um acordo prévio com publishers e redações, fiquei quieto, aqui no meu canto, com meus olhos de professor a esperar por um bom exemplo para estudo de caso, porque coisa chata é ficar perdido em conjecturas sem ter um mísero emblema para oferecer aos alunos ou, no caso, ao surpreendente número de pessoas que vem a este blog dar nem que seja uma olhada. Pois bem, esse dia chegou.

Assinante do UOL há cinco anos, é com ele que acordo para o mundo, o que não tem melhorado muito o meu humor matutino, diga-se de passagem. De cara, vejo estampada, em letras garrafo-digitais, a seguinte manchete:

Petrobras gastou R$ 47 bi sem licitação em seis anos

Teca, minha cocker spaniel semi-paralítica, se aninha nos meus pés, mas eu não consigo ficar parado. Piso nas patas traseiras dela, mas, felizmente, ela nada sente. A dedução, de tão lógica, me maltrata o ânimo. Se tamanha safadeza ocorreu nos últimos seis anos, trata-se da Era Lula, redondinha, do marco zero, em 2003, até os dias de hoje. Nisso, pelo menos, a matéria não me surpreende. Está lá:

Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras gastou cerca de R$ 47 bilhões em contratos feitos sem licitação, informa reportagem de Rubens Valente, publicada na Folha desta quarta-feira (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Pá-pá-pá. Preto no branco. Tiro à queima roupa. Um lead jornalístico seco como biscoito de polvilho. Desde que chegou ao Planalto, Lula deixou a Petrobrás gastar 47 bilhões de reais em contratos sem licitação. Vamos, portanto, à CPI. Nada de chiadeira. Demos e tucanos, afinal, têm razão. Bilhões delas. Dane-se o Pré-Sal e o mercado de ações. Quem for brasileiro que siga Arthur Virgílio!

Mas, aí, vem o maldito segundo parágrafo, o sublead, essa réstia de informação que, pudesse ser limada da pirâmide invertida do texto jornalístico, pouparia à oposição tocar a CPI sem o constrangimento de ter que bolar malabarismos retóricos em torno das informações que se seguem. São elas, segundo a Folha On Line:

Amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), a petroleira contratou sem licitação serviços como construção, aluguel e manutenção de prédios, vigilância, repasses a prefeituras, gastos com advogados e patrocínios culturais, entre outros. O valor corresponde a 36,4% do total de gastos com serviços (R$ 129 bilhões) da petroleira de janeiro de 2003 a abril de 2009.

A prática não começou com Lula. Somente entre 2001 e 2002, sob a administração de Fernando Henrique (PSDB-SP), a petroleira contratou cerca de R$ 25 bilhões sem licitações, em valores não atualizados.

Parem as rotativas digitais! Contenham as massas! Abatam os abutres! Como é que é? Volto à minha sala de aula imaginária (só poderia ser, porque hoje eu nem dou aula). Vamos fazer uma análise pontual do texto jornalístico, menos pelo estilo, impecável em sua dureza linear, diria até cartesiana, mas pela colocação equivocada das informações. Depois caem de pau em cima de mim porque defendo a obrigatoriedade do diploma. Vamos lá:

1) Na base da pirâmide invertida, há uma informação que deveria estar no lead e, mais ainda, no título da matéria. Senão, vejamos. Se entre 2001 e 2002 a Petrobras gastou 25 bilhões, “em valores não atualizados” (???), em contratos sem licitações, logo, a matéria deveria começar, em seu parágrafo inicial, com a seguinte informação: “Nos últimos oito anos, a Petrobras gastou R$ 72 bilhões (R$ 47 bilhões + R$ 25 bilhões, “em valores não atualizados”) em contratos sem licitações. Então, CPI nessa cambada! Mas que cambada? Sigamos em frente.

2) O mesmo derradeiro parágrafo informa que a “prática” se iniciou “sob a administração” de Fernando Henrique Cardoso, aquele presidente do PSDB. Aliás, reflito, só é “prática” porque começou com FHC. Se tivesse começado com Lula, seria bandalha mesmo. Mas sou um radical, não prestem atenção em mim. Continuemos a trabalhar dentro de parâmetros técnicos e jornalísticos. Logo, a CPI tem que partir para cima do PT e do PSDB. Um pouco mais em cima do PSDB. Por quê? Explico.

3) Ora, até eu que sou jornalista e, portanto, um foragido da matemática, sou capaz de perceber que se a Petrobrax de FHC gastou R$ 25 bilhões (em valores não atualizados!) em contratos sem licitação em apenas dois anos, e a Petrobras de Lula gastou R$ 47 bilhões em seis anos, há um desnível de gastos bastante razoável entre um e outro. Significa, por exemplo, que FHC gastou R$ 12,5 bilhões por ano. E Lula gastou R$ 7,8 bilhões por ano. Ação, segundo a reportagem da Folha, “amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal)”. Poderia até acrescentar que a Petrobras vale no mercado, hoje, R$ 300 bilhões, e que valia R$ 54 bilhões quando FHC deixou o governo. Mas é preciso manter o foco jornal (sic).

4) Temos, então, uma lógica primária. Com base em uma lei de FHC, amparada pelo STF, a Petrobras tem feito contratos sem licitações, de 2001 até hoje. A “prática” é irregular? CPI neles! Todos. Mas, antes, hora de refazer o título e o lead!

Petrobrás gastou R$ 72 bi em contratos sem licitação, em oito anos

Desde 2001, durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até abril deste ano, a Petrobras gastou cerca de R$ 72 bilhões em contratos feitos sem licitação. Os gastos foram autorizados, em 1998, por um decreto presidencial assinado por FHC e, posteriormente, amparados por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre 2001 e 2002, a empresa, sob administração tucana, gastou R$ 25 bilhões em contratos do gênero, em valores não atualizados, uma média de R$ 12,5 bilhões por ano. No governo Lula, esses gastos chegaram a R$ 47 bilhões, entre 2003 e abril de 2009, uma média de R$ 7,8 bilhões anuais.
Bom, não sei vocês, mas eu adoro jornalismo. Em valores atualizados, claro.

2. Vamos ter uma tempora sensacional de patifaria político-midiática. 2010 está logo ali. Como é mesmo o nome daquele remédio pra ânsia de vômito?


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

sexta-feira, 1 de maio de 2009

(2009/240) De mulher-fruta a gripe-bicho, tudo é mídia


1. E mídia é - antes de qualquer outra coisa - comércio. O que será que a mídia quer vender dessa vez? Em 2006, obviamente, era revista, jornal e tempo de anunciantes na TV: Gripe aviária - quando a IstoÉ matou 50 mihões.

2. A IstoÉ antecipou a morte de 50 milhões de pessoas, por causa da gripe aviária. No mundo, morreram sessenta. Enquanto isso, de malária e doenças tropicais, isto é, de pobres, quantos morrem mesmo, heim?

3. Como classificar a atuação da mídia nesses casos? Mera irresponsabilidade a serviço da audiência e do comércio? Atuação articulada entre propaganda e fornecedores de insumos medicamentosos? Instrumentalização político-partidária do terror? Ou tudo isso junto? Não é por nenhuma outra razão que não compro mais revistas, não compro jornais e cada vez menos a telejornais (da Globo, mais nenhum) - na Internet a informação é mais plural, é menos cifrão. Há crítica no ciberespaço...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

PS1. Para o caso da gripe suína, a gripe "da moda", cf. os duas postagens do blog de José Saramago, Gripe suína (1) e Gripe suína (2). Ou seja, estão na grande roda da fortuna as transnacionais da pecuária suína, as grandes farmacêuticas e a grande mídia. E nós? Em tempo: se Saramago cantou a pedra, o que dizer de Mauro Santayana?

PS2. Enquanto isso, no México:

PS3. começam as re-avaliações críticas quanto aos eventuais exageros da OMS.

PS4. Finalmente uma explicação definitiva para a gripe suína!

PS5. OMS: a gripe suína está indo embora. Ah, tá... As montanhas entraram em trabalho de parto, e pariram um rato...

PS6. Mas, agora, o México desperta - a quem interessou a gripe? O que não te contaram sobre a gripe do México. Você sabia que até 05/05 não havia sido divulgado o nome dos mortos no México?

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