Tese (que, na verdade, é uma contra-tese em relação a vários livros sobre fundamentalismo): os fundamentalismos cristãos, islâmicos e judaicos só apresentam desdobramentos políticos porque as plataformas teológicas cristãs, islâmicas e judaicas são intrinsecamente teocráticas, de sorte que a politização do fundamentalismo não é uma característica intrínseca ao fenômeno fundamentalista, mas à base teológica sobre a qual ele opera.
Para se derrubar essa tese, dever-se-ia localizar um movimento fundamentalista que se desdobra sobre plataforma teológica não-política, não-teocrática, que, todavia, se desdobra em fenômeno de fundamentalismo político dessa plataforma. Desconheço.
Isso poto, resta dizer que o grande mal do fundamentalismo é que ele leva a sério demais o elemento intrinsecamente teocrático, logo, político, da sua matriz "não-fundamentalista"...
Quem não tem jogo de cintura para fazer de conta que é o que não é e que não é o que é cai no fundamentalismo. Ou apostata...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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