segunda-feira, 2 de março de 2009

(2009/047) Então sou marxiano...


1. "Nunca se pode alcançar um ponto na história no qual seja possível dizer: 'agora a substância humana foi plenamente realizada'. Pois uma tal delimitação privaria o ser humano de seu atributo essencial: seu poder de 'automediação' e 'autodesenvolvimento'" (István Mészáros, A Teoria da Alienação em Marx. Boitempo, 2006, p. 111). Haroldo, não era essa a definição que eu dava, há algumas semanas, para o termo Übermensch de Nietzsche? Ora, então Nietzsche era, igualmente, marxiano, e, nesse sentido, é por isso que sempre me deixei encantar por esse Nietzsche, por causa dessa alma de auto-determinação, de auto-criação, que me animava desde há muito - e que me continua animando! - e que me faz, agora, enxergar-me nesse Marx.

2. Deliro, ou, se despirmos das insinuações propriamente cristãs o Protestantismo teórico do primeiro Lutero, teríamos, ali, incipiente, mas, logo, imediatamente, incontinenti, morto, esse mesmo espírito? Ah, não, deliro - é um pouco demais, certamente... Ah, que pena... Mas, ah, que bom que ele, sempre, pode, ainda, despertar... Aqui e agora, por exemplo.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Sobre ombros de gigantes


 

Arquivos de Peroratio