domingo, 28 de fevereiro de 2010

(2010/168) Dos homens maus, sempre à espreita


1. Quanto ao que me diz respeito, e deixando de lado as questões de exegese, mas resgatando do fundo da alma os modos caseiros de se lidar com a memória sagrada, eis o que tenho a dizer:

a) "Livra-me, Senhor, do homem mau. Guarda-me do homem violento" (Sl 140,1).

b) "Todos esses que aí estão, atravancando o meu caminho, eles passarão, eu passarinho" (Mário Quintana).

2. E, contra todos os meus instintos, que pedem chaga e dor para o homem mal, se de alguma valia isto servir, peço a Deus, se bom ele é, que abençoe esses seres doentes, que consomem a vida entre a política, a pantomima e a maldade, regados a retóricas de massa. Se tantos pecados Deus perdoa, também esses, talvez, ele os possa perdoar.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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