quinta-feira, 27 de novembro de 2014

(2014/769) Sobre agente humanitários agindo sob o guarda-chuva das religiões

Há uma dimensão ativista no cristianismo que deve ser considerada. Sob o enorme e poderosíssimo guarda-chuva institucional das mega estruturas das corporações cristãs - o Vaticano, por exemplo -, agentes engajados na defesa de pobres, pretos, putas, petistas, a escória e o lixo residual do Establishment, vítimas do Establishment.

Durante a Ditadura brasileira, por exemplo, agentes da Igreja católica puderam ajudar muita gente, tanto nos calabouços quanto sob os holofotes, resguardados pelo círculo mágico da instituição...

Mas, senhores, sejamos honestos: isso não é cristianismo. Isso se trata de valores universais, presentes em todas as religiões - todas! Não são ações cristãs, mas de cristãos, agindo não por força da pulsão cristã, mas por força da pulsão da caridade, da humanidade, da compaixão, da nobreza de caráter e dos valores humanitários.

Quanto ao papel de guarda-chuva, a Maçonaria funciona do mesmo modo, e apenas a dificuldade de se encontrar uma instituição universal e tão capilar dá à Igreja essa aparência essencial-estrutural. Mas ela, a Igreja em si, tanto pode pôr-se a favor dos pobres, pretos, putas e petistas quanto contra eles - basta olhar para a história.

Para mim, portanto, os gestos históricos de agentes humanitários que agiram humanamente através da Igreja não responde pela própria Igreja, mas pela vocação humanitária dessa gente que, fosse budista, candomblecista, hare-Krishnah ou qualquer outra coisa, faria o mesmo.









OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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