Digam-me, senhores, que Deus criaria isso? Uma criatura que, para sobreviver, como maldição, devesse matar e devorar outra criatura... A águia, bela, carrega a carcaça já comida de um peixe. Eu sou essa águia e essa carcaça, como maldição de estar vivo. Que Deus criaria isso?
Não, senhores. Recuso-me a endossar essa narrativa. Porque, assumi-la com honestidade, é compreender o tipo de Deus que necessariamente temos de inventar para dar conta de uma cena dessas, sem ter que, para isso, arrancar os molhos da cara...
No fundo, senhores, Darwin é o salvador...
... de Deus.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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