domingo, 26 de fevereiro de 2012

(2012/231) Religião: o sacrifício, a dor, o prazer, o erótico

1. Ritual de luto xiita durante a comemoração da Ashura (2011) - celebração da morte do neto do profeta Muhammad, Imam Hussein, em Karbala, Iraque, em 680. A celebração consiste em corte do couro cabeludo, o que provoca o sangramento. Foi proibido durante o governo sunita de Saddam Hussein.

  



2. Ritual cristão de crucificação nas Filipinas.




3. Ritual de penitência em Xiquexique, Bahia - autoflagelação



4. Hindus particpam do ritual de Shitla Mata.







6. Há alguma coisa necessariamente de muito natural, de excessivamente natural, e alguma coisa de muito patológico, de excessivamente patológico na religião. Quando ela não foge da vida, para o mundo dos anjos de fumaça, ela permanece em vida, mortificando a carne e o corpo, ou, paradoxalmente, utilizando-os para a fuga da vida.

7. Não escapa muita gente - estão aí representados hindus, cristãos, islamitas. 

8. Talvez judeus e protestantes/evangélicos experimentem uma tentação de eximir-se da naturalidade e da patologia implícitas na religião. Eu, todavia, diria que, a despeito das racionalizações, é ainda a mesma estrutura que opera sob as consciências - as quais, de alguma forma, jogam o jogo do proibido e do tentador entre o sacrifício, a dor, o erótico, o prazer.

9. Onde está o sangue e o erótico da experiência racionalizada? Está lá, em algum lugar, camuflado, disfarçado, fazendo de conta que ele não é o outro...




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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