1. De Morin, Cultura de Massa no Século XX, p. 27: "a cultura de massa é anima por esse duplo movimento do imaginário arremedando o real e do real pegando as cores do imaginário. Essa dupla contaminação do real e do imaginário (...), esse prodigioso e supremo sincretismo, se inscreve na busca do máximo de consumo e dá à cultura de massa um de seus caracteres fundamentais".
2. Entre parêntesis, Morin se refere a filmes de cinema, que se contaminam do realismo da vida, enquanto a vida, a mídia, por exemplo, e seu sensacionalismo, contamina-se pelo imaginário do cinema.
3. Será que a cultura de massa, mais precisamente esse namoro de consumo entre imaginário e real, foi para a Universidade fazer Lingüística e Filosofia? Porque é a Lingüística e a Filosofia o lugar privilegiado para o sincretismo entre real e imaginário...
4. Eu disse sincretismo - mas tem linguistas e filósofos que suprimiram o real - e brinca de fazer da Linguagem mônadas de sonho em flutuações quiméricas...
5. A "parede" é um conceito, dizem, e o conceito é uma ficção da realidade... Parede, conceito, ficção. Matrix! O linguista é um clone do Neo...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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