1. "Se a Universidade de Viena me demonstrasse reconhecimento, eu ficaria embaraçado. Não há razão em aceitar a mim e a minha obra porque tenho setenta anos. Eu não atribuo importância insensata aos decimais".
5. Minhas observações de teólogo.
6. A Teologia faltou ao encontro com Freud - mesmo quando o cita, não há pretensão de levá-lo a sério. Aliás, o único encontro a que a Teologia não faltou foi aquele em que ela se reuniu com Deus e com o Diabo. Com homens, mesmo, ela nunca se sentou. Não para dialogar, certamente.
7. Independentemente das citações que fiz, o tom da entrevista - ao menos da parte transcrita - tem um quê de budismo. Percebi isso logo ao começar a ler. A certa altura, a palavra Nirvana aparece. Logo depois, a fórmula "o seio de Abraão" - mas, para esse judeu, o seio de Abraão é budista... Mas mesmo o Budismo, aí, é metáfora para a desintegração do eu...
8. A última citação, a do parágrafo quatro, eu a experimento. Conheço (alguns?) de meus complexos, viajando para dentro de mim com mais freqüência do que a sanidade talvez recomendasse (minha teologia é sempre feita durante minhas viagens para meus intestinos e próstata). Esses complexos meus são minha fraqueza. E minha força.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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