1. Primeira contradição: autores que escrevem livros para dizer que autores são ou irrelevantes ou inalcançáveis [por exemplo, em Interpretação e Superinterpretação, Umberto Eco disse que os autores dos textos são muitas vezes irrelevantes para a questão do sentido dos textos].
2. Segunda contradição: livros pós-modernos, de autores pós-modernos, que consideram o discurso humano mera fábula sobre o real, os quais analisaram profundamente a realidade e podem garantir que o discurso humano é fabuloso...
[E o que dizer de um (1) autor (2) pós-moderno que escreve um livro pára dizer que o discurso humano é fabuloso? As duas contradições ao mesmo tempo!].
3. Você consegue resolver essas contradições?
[E o que dizer de um (1) autor (2) pós-moderno que escreve um livro pára dizer que o discurso humano é fabuloso? As duas contradições ao mesmo tempo!].
3. Você consegue resolver essas contradições?
4. Se conseguir, me avisa, que eu não consigo.
5. Mas, ao menos, consigo percebê-las...
6. Ou deliro?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
PS. nos comentários, Hernan escreve: "a primeira contradição não é tão aguda, mas a segunda é a maior sinuca de bico da história da epistemologia. É a apologia do irracionalismo feita com argumentos racionais". Bem, penso que Hernan não considere a primeira uma contradição tão aguda porque a analisa pelo viés epistemológico - e, nesse caso, a contradição não se lhe configura tão grande. Analise-se a primeira contradição pelo viés psicológico e a coisa muda de figura - se o sujeito não acredita que autores se comuniquem por meio de seus textos, caso contrário não descartaria os autores, porque cargas d'águas ou interesses escreve livros? Para os vender, talvez? Mas a coerência o impediria de escrever. E não haveria livros no mundo.
PS. nos comentários, Hernan escreve: "a primeira contradição não é tão aguda, mas a segunda é a maior sinuca de bico da história da epistemologia. É a apologia do irracionalismo feita com argumentos racionais". Bem, penso que Hernan não considere a primeira uma contradição tão aguda porque a analisa pelo viés epistemológico - e, nesse caso, a contradição não se lhe configura tão grande. Analise-se a primeira contradição pelo viés psicológico e a coisa muda de figura - se o sujeito não acredita que autores se comuniquem por meio de seus textos, caso contrário não descartaria os autores, porque cargas d'águas ou interesses escreve livros? Para os vender, talvez? Mas a coerência o impediria de escrever. E não haveria livros no mundo.
Um comentário:
A primeira contradição não é tão aguda, mas a segunda é a maior sinuca de bico da história da epistemologia. É a apologia do irracionalismo feita com argumentos racionais.
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