1. Desde que assisti ao magistral Inside Job que só de ouvir falar em agência de rating me dá urticária. Depois que uma delas abaixou o nível de recomendação dos títulos dos Estados Unidos, começaram os ataques públicos a elas - vindo, dessa vez, de governos. Já li de Dilma e do governo Português. Virão mais ataques...
2. Bem-feito!
3. Mas fico aqui com uma dúvida: no fundo, não passam de um elo da corrente. Meu medo é que elas sejam eleitas para judas, a sociedade "malhe" seu fantoche de Aleluia e se finja que está tudo bem, tudo resolvido, porque as vilãs foram "contidas"...
4. Vilãs? Decerto, como os matadores de aluguel... Mas, cá entre nós, e os mandantes? Meu medo é que os capangas sejam denunciados, o coronel de fazenda fique faceiro e livre, pois, depois de amanhã, ele trata de arrumar outra forma de fazer o mesmo...
5. E hoje de tarde eu ouvi, em alto e bom som, que, depois da Queda do Muro de Berlim, ninguém mais crê em revolução. Estamos ferrados, então... Literalmente, nós, cavalos e mulas de puxar a carroça dos donos do dinheiro do mundo... E satisfeitos - eis a tragédia!
6. Agência de rating... ponta de um iceberg que vai até o fundo da sociedade capitalista do século XX, prova de que se pode ser aristocrata de meia-tigela numa sociedade livre de também meia-tigela - desde que as palavras não valham mais o conteúdo que comportam... Desde que os homens não valham mais do que as palavras sem valor que solfejam... Não vê aqueles professores de ilustríssimas Faculdades anglo-saxônicas que recebiam algumas dezenas de milhares de dólares por artigos acadêmicos sobre aspectos relevantes da economia? O quê? Você não assistiu ainda a Inside Job? E está esperando o quê?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário