1. De um lado, Rick Warren. De outro, Daniel Dennett. Os dois vídeos estão no TED. Coloco-os aí, para que você tenha a oportunidade de ouvir os dois lados. Eu, contudo, confesso que não assisti - nem vou assistir - ao de Rick Warren. Não preciso. Conservadores nunca - repito: nunca - mudam o disco (e sei disso por conhecê-los desde há 26 anos, tendo, por alguns anos, crescido como um deles). Não tenho mais estômago: não apenas querem que eu reproduza seus discursos, mas que o faça como se fossem revelações da verdade divina. Não. não tenho mais paciência. Seja como for, você, se não conhece o discurso sacerdotal-conservador, deve ouvir o pastor Warren - um famoso e muitíssimo bem-sucedido pastor batista estadunidense (há caravanas de pastores batistas que vão lá, aprender o segredo do seu sucesso - já vi olhos brilharem, ao me narrarem a viagem. Outro dia, um pastor de uma comunidade do entorno da cidade do Rio de Janeiro, quando de sua "posse", em sessão plenária, informava à congregação que Deus lhe dera uma visão para a Igreja - e, na seqüência, apresentou as teses de Rick Warren, que a igreja em questão desconhece e vai, então, tomar por "revelação". Num momento desses, você se depara com a alma sacerdotal, que não deseja nada menos do que absoluta rendição, e se dá conta da maldade que pode tomar de assalto a alma religiosa).
2. Daniel Dennett foi bastante polido, eu diria. Não fora o final, em que ironiza bastante muitas declarações do famoso livro de Warren, eu diria que teria sido político ao extremo. Mas, como disse, no final de sua palestra, julgo ter reduzido Warren ao clássico modelo sacerdotal, manipulador e anti-democrático por natureza, como todos os grandes, mormente os que aprendem a ganhar dinheiro com ela. Não usam a Regra de Ouro de sua própria religião - fazer aos outros o que gostaria que fizessem com ele... Aliás, o que acontecerá com a pregação evangelística no dia em que os cristãos decidirem seguir sua Regra de Ouro, hã?
3. (O) Dennett (desse vídeo) angaria minha simpatia por duas razões - 1) ele defende paridade republicana para o ensino dos fatos religiosos, e 2) ele defende que a democracia, para ser séria, tem de ser bem informada. Nisso, fica estabelecido que, ou se é crente/cristão, ou se é democrata - porque a norma entre os cristãos é esconder dos crentes as informações, e tratar como do diabo as que vazam... Game over.
2. Daniel Dennett foi bastante polido, eu diria. Não fora o final, em que ironiza bastante muitas declarações do famoso livro de Warren, eu diria que teria sido político ao extremo. Mas, como disse, no final de sua palestra, julgo ter reduzido Warren ao clássico modelo sacerdotal, manipulador e anti-democrático por natureza, como todos os grandes, mormente os que aprendem a ganhar dinheiro com ela. Não usam a Regra de Ouro de sua própria religião - fazer aos outros o que gostaria que fizessem com ele... Aliás, o que acontecerá com a pregação evangelística no dia em que os cristãos decidirem seguir sua Regra de Ouro, hã?
3. (O) Dennett (desse vídeo) angaria minha simpatia por duas razões - 1) ele defende paridade republicana para o ensino dos fatos religiosos, e 2) ele defende que a democracia, para ser séria, tem de ser bem informada. Nisso, fica estabelecido que, ou se é crente/cristão, ou se é democrata - porque a norma entre os cristãos é esconder dos crentes as informações, e tratar como do diabo as que vazam... Game over.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário