
1. Pobre de meus amigos: não perco uma chance de avacalhá-los. Essa, aqui, dirigida a Jimmy, vai como avacalhação e vingança. Há quatro anos, Jimmy, meu amigo, Justi, meu amigo, e Élcio, meu amigo, numa viagem para São Paulo, fizeram meus momentos angustiantes, avacalhando-me e satirizando-me, como meninos em bando, na escola, zombando de que as coisas que eu dizia eram coisas que saíam da minha cabeça: isso é verdade mesmo, é pesquisa, é coisa de livros sérios, ou é coisa que saiu de sua cabeça? Ah, sim, fiquei uma arara, naquela viagem, porque a alternativa era mandar parar o carro e descer. Mas São Paulo estava longe...
2. O tempo passa. Não esqueci, e, de vez em quando, me vingo, apesar de não gostar de comida fria... Como agora. Jimmy, na quarta, me dizia que, na França, lendo, em francês, determinado filósofo da Europa oriental, encontrou ali, palavra a palavra, expressão a expressão, tudo, rigorosamente tudo, palavras, idéias, conceitos, frases, inclusive as de efeito, não é que parecidos, mas absolutamente iguais, dali roubados, digamos logo, sem créditos, conteúdos que um de seus filósofos brasileiros mais admirados costuma dizer e escrever - e que ele gosta de ouvir. Não é que Jimmy descobriu que não gosta mais de ler e ouvir essas coisas - é que Jimmy descobriu que eram de outra pessoa, e que seu filósofo brasileiro predileto as havia sorvido - até aí, tudo bem - de terceiro, sem créditos - coisa feia.
3. Só não entendi porque Jimmy ficou tão chateado. Afinal, seu filósofo brasileiro predileto não tirou nada de sua própria cabeça...
2. O tempo passa. Não esqueci, e, de vez em quando, me vingo, apesar de não gostar de comida fria... Como agora. Jimmy, na quarta, me dizia que, na França, lendo, em francês, determinado filósofo da Europa oriental, encontrou ali, palavra a palavra, expressão a expressão, tudo, rigorosamente tudo, palavras, idéias, conceitos, frases, inclusive as de efeito, não é que parecidos, mas absolutamente iguais, dali roubados, digamos logo, sem créditos, conteúdos que um de seus filósofos brasileiros mais admirados costuma dizer e escrever - e que ele gosta de ouvir. Não é que Jimmy descobriu que não gosta mais de ler e ouvir essas coisas - é que Jimmy descobriu que eram de outra pessoa, e que seu filósofo brasileiro predileto as havia sorvido - até aí, tudo bem - de terceiro, sem créditos - coisa feia.
3. Só não entendi porque Jimmy ficou tão chateado. Afinal, seu filósofo brasileiro predileto não tirou nada de sua própria cabeça...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
PS. aliás, meus amigos, começo a pensar que estamos, nós brasileiros, rodeados de ideias "importadas", que, quando começarem a nos invadir - via Google Books, por exemplo? - a literatura a que não tínhamos acesso, descobriremos de onde foram, digamos assim, "prospectadas"...
4 comentários:
Cuidado, Osvaldo!
Há, ainda, a possibilidade do Jimmy ter lido tudo errado em francês. Como não é seu idioma pátrio e, há pouco ele estuda e busca a francofonia, pode ele, estar enganado. Assim, ele salva a integridade de seu mestre e ainda se penitencia pela culpa do erro... Ei, tá rindo de que? Por acaso não é assim que fazem as teologias? As filosofias? Quando se diz algo consistente que contraria seus dogmas, mesmo não acreditando, não nos acusam de uma leitura equivocada?!
Grande abraço, amigão!
o nivel de post e comentarios da peroratio, ja foi melhor... ;)
Hahahahaha...
E o casório? Valeu a viagem?
É verdade! Peroratio já foi mais relevante em outros temas do que os de "revanchismo"...
Osvaldo e essas coisas que ele tira da cabeça... :O)
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