1. Sob certo aspecto, a vida é um rosário de situações - uma interminável (nem tanto assim!) correição de situações, circunstâncias, cenários, acontecimentos. Humano aracnídeo, o "homem" paira, imóvel, no centro dessa teia do dia a dia. Na prática, a vida é tanto o fluxo quanto o resultado da relação desse homem-aranha com a corrente inexorável das horas. A vida é tanto a capacidade de o homem enfrentar essas circunstâncias, quanto o resultado desse enfrentamento. Vida é potência, mas é, igualmente, ato.
2. Há situações-limite. Nelas, o homem encontra-se em estado de imobilidade. Não há nada que ele possa fazer - nada. É tal a forma assumida pelo fluxo das circunstâncias, que construiu-se um cenário à sua volta, no qual ele não pode, mais, determinar o curso dos acontecimentos. Instalada a situação-limite, daqui pra frente, enquanto ela perdurar, ao homem resta, apenas, administrar as horas.
3. Situações-limite não são homogêneas. São o que são em nível macro: as operaões para sair dela encontram-se indisponíveis. O homem não pode, por sua simples vontade, sair do nó górdio estabelecido por ela. Mas pode agir, em escala microsocial, para enfrentar os enfeitos dela. Ou pode, alternativamente, desesperar-se. Sempre haverá pequenas coisas a fazer, que dimuirão os efeitos de se estar entregue às ondas, mas essas pequenas coisas, não serão elas a desativarem o gatilho que disparou a situação-limite - se são reais situações-limite. São ações terapêuticas, digamos assim.
4. É preciso um razoável grau de maturidade psicológica, emocional, intelectuial até, para suportar-se uma situação limite dentro de um relativo estado de auto-controle. Na maior parte dos casos, a situação-limite desestabiliza os atores - há descontrole emocional, há descontrole social, há debandada. Fala-se uma enormidade de impropriedades. Comete-se um sem número de equívocos. Todavia, é imprescindível manter a cabeça fria, o coração batendo, as emoções sob controle.
5. Eu dria que, nesses momentos, a paciência, a temperança, o controle da respiração, para usar uma metáfora oriental, são as atitudes terapêuticas mais recomendadas. Enquanto a tempestade não passa, a vida não pode parar. É ter paciência, é dar um passo de cada vez, e é esperar que a nuvens vão embora.
6. Só há um verdadero perigo: erro de avaliação. Essa é, verdadeiramente,uma situação-limite, durante a qual não há nada a fazer, senão esperar, ou não, trata-se de uma situação apenas comparativamente mais difícil do que as normais, mas, ainda assim, passível de ser superada por ações planejadas, controladas e bem-sucedidas? Quando a negligência, a ineficiência, o medo, a ignorância, interferem em nossa avaliação das circunstâncias, de modo que nos portamos de modo inoperante, quando, de fato, devíamos estar enfrentando o coração da nuvem negra?
2. Há situações-limite. Nelas, o homem encontra-se em estado de imobilidade. Não há nada que ele possa fazer - nada. É tal a forma assumida pelo fluxo das circunstâncias, que construiu-se um cenário à sua volta, no qual ele não pode, mais, determinar o curso dos acontecimentos. Instalada a situação-limite, daqui pra frente, enquanto ela perdurar, ao homem resta, apenas, administrar as horas.
3. Situações-limite não são homogêneas. São o que são em nível macro: as operaões para sair dela encontram-se indisponíveis. O homem não pode, por sua simples vontade, sair do nó górdio estabelecido por ela. Mas pode agir, em escala microsocial, para enfrentar os enfeitos dela. Ou pode, alternativamente, desesperar-se. Sempre haverá pequenas coisas a fazer, que dimuirão os efeitos de se estar entregue às ondas, mas essas pequenas coisas, não serão elas a desativarem o gatilho que disparou a situação-limite - se são reais situações-limite. São ações terapêuticas, digamos assim.
4. É preciso um razoável grau de maturidade psicológica, emocional, intelectuial até, para suportar-se uma situação limite dentro de um relativo estado de auto-controle. Na maior parte dos casos, a situação-limite desestabiliza os atores - há descontrole emocional, há descontrole social, há debandada. Fala-se uma enormidade de impropriedades. Comete-se um sem número de equívocos. Todavia, é imprescindível manter a cabeça fria, o coração batendo, as emoções sob controle.
5. Eu dria que, nesses momentos, a paciência, a temperança, o controle da respiração, para usar uma metáfora oriental, são as atitudes terapêuticas mais recomendadas. Enquanto a tempestade não passa, a vida não pode parar. É ter paciência, é dar um passo de cada vez, e é esperar que a nuvens vão embora.
6. Só há um verdadero perigo: erro de avaliação. Essa é, verdadeiramente,uma situação-limite, durante a qual não há nada a fazer, senão esperar, ou não, trata-se de uma situação apenas comparativamente mais difícil do que as normais, mas, ainda assim, passível de ser superada por ações planejadas, controladas e bem-sucedidas? Quando a negligência, a ineficiência, o medo, a ignorância, interferem em nossa avaliação das circunstâncias, de modo que nos portamos de modo inoperante, quando, de fato, devíamos estar enfrentando o coração da nuvem negra?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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