1. Do Blog do Nassif, repercussão que por sua vez se faz de entrevista da Folha "com o diretor da melhor escola da rede estadual de São Paulo no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) - e 2.596o entre todas" - a entrevista desanca sem dó a burocracia e a política educacionais do Estado de São Paulo. Naturalmente que valeria sua aplicação não apenas para São Paulo...
2. Quando a educação não virou mercadoria comercial, virou objeto de manobra política. Não é à toa que a educação, em amplo sentido - formal, institucional, moral, ética, cidadã - tenha se deteriorado significativamente desde o final do regime militar. Não se trata, não é meu caso, de "elogio" ao regime militar, mas de acusação ao sistema educacional pós-ditadura, que, além de ter jogado no lixo o que de melhor havia, converteu-se em mera rotina de administração política.
3. Durante toda minha idade escolar, residi em Mesquita. Estudei em escola pública (municipal e estadual) e concluí o segundo grau em 1982. Com exceção da EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar), já que nunca na vida estudara geometria, e a prova de matemática era 100% geometria (mas minha performance em Língua Portuguesa foi acima da média), passei em todas as provas de minha vida, e isso por causa da base educacional que eu tinha, sem cursinhos nem nada. Méritos meus? Sim, mas também da Escola Municial Márcio Caulino Sares e do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco.
4. Hoje, no entanto, se não são as raríssimas exceções, como a dessa escola, cujo diretor foi entrevistado, e contitui um relativo "sucesso" em decorrência até de desobediência de seu diretor em relação às estratégias e determinações superiores, apenas as escolas particulares, a preços exorbitantes, naturalmente, conseguem promover ensino de qualidade, do qual as camadas mais necessitadas da população estão absolutamente alijadas.
5. Se esse quadro não se corrige - que futuro? Futuro? Que presente?!
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Quando a educação não virou mercadoria comercial, virou objeto de manobra política. Não é à toa que a educação, em amplo sentido - formal, institucional, moral, ética, cidadã - tenha se deteriorado significativamente desde o final do regime militar. Não se trata, não é meu caso, de "elogio" ao regime militar, mas de acusação ao sistema educacional pós-ditadura, que, além de ter jogado no lixo o que de melhor havia, converteu-se em mera rotina de administração política.
3. Durante toda minha idade escolar, residi em Mesquita. Estudei em escola pública (municipal e estadual) e concluí o segundo grau em 1982. Com exceção da EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar), já que nunca na vida estudara geometria, e a prova de matemática era 100% geometria (mas minha performance em Língua Portuguesa foi acima da média), passei em todas as provas de minha vida, e isso por causa da base educacional que eu tinha, sem cursinhos nem nada. Méritos meus? Sim, mas também da Escola Municial Márcio Caulino Sares e do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco.
4. Hoje, no entanto, se não são as raríssimas exceções, como a dessa escola, cujo diretor foi entrevistado, e contitui um relativo "sucesso" em decorrência até de desobediência de seu diretor em relação às estratégias e determinações superiores, apenas as escolas particulares, a preços exorbitantes, naturalmente, conseguem promover ensino de qualidade, do qual as camadas mais necessitadas da população estão absolutamente alijadas.
5. Se esse quadro não se corrige - que futuro? Futuro? Que presente?!
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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