1. A teologia, aquela primeira, aquela dos primeiros homens - quem sabe?, das primeiras mulheres -, foi rotina de domesticar. A noite escura, a selva densa, a savana espraiada, a fera uivante, o mistério, o profundo da abóbada, tudo tinha de ser, primeiro, domesticado, porque viver é domesticar o mundo.
2. Primeiro, domesticar a própria terra, e, depois, os céus. Ou fazê-lo concomitantemente. A teologia, assim, nasce instrumental, ferramenta de instrumentalização da vida. Dar nome ao mistério, torná-lo conhecido, torná-lo doméstico e domesticado.
3. Aí, um dia, alguém pegou a teologia e domesticou, com ela, as próprias pessoas. Nesse dia nasceu a humanidade-gado, nasceu o boiadeiro, e nasceu o curral. A condição de gado da humanidade é a condção de morte de mistério...
4. Pois que se liberte o mistério, que se quebrem as varas, que se derrubem os redis, que se desenfeiticem as pessoas. Volte o homem a ser homem, e o mistério, mistério.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Primeiro, domesticar a própria terra, e, depois, os céus. Ou fazê-lo concomitantemente. A teologia, assim, nasce instrumental, ferramenta de instrumentalização da vida. Dar nome ao mistério, torná-lo conhecido, torná-lo doméstico e domesticado.
3. Aí, um dia, alguém pegou a teologia e domesticou, com ela, as próprias pessoas. Nesse dia nasceu a humanidade-gado, nasceu o boiadeiro, e nasceu o curral. A condição de gado da humanidade é a condção de morte de mistério...
4. Pois que se liberte o mistério, que se quebrem as varas, que se derrubem os redis, que se desenfeiticem as pessoas. Volte o homem a ser homem, e o mistério, mistério.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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