quinta-feira, 5 de março de 2009

(2009/053) Ah, quanta saudade...


1. Mais uma vez, cito o artigo de Clodovis Boff, Teologia da Libertação e Volta ao Fundamento (1): "mas, com a mudança epocal que está se abrindo, após a "tese" da Cristandade e a "antítese" da Modernidade, abre-se também para Igreja e a teologia a chance histórica de uma "síntese": a harmonia entre fé e mundo e, em particular, entre fé cristã e política de libertação". Isso depois da citação de Feuerbach - faz-me rir...

2. Que bom, não?, retornar à Idade Média, de verdade, sem precisar driblar as regras da Modernidade, sem precisar dar satisfações à (verdadeiramente científica) Epistemologia - porque não passa disso a "síntese" dialética entre Igreja e Modernidade (uma versão light disso está disponível na discussão do estatuto epistemológica da Teologia, e na defesa irresponsável da manutenção dos vínculos confessionais dela em plena gestão do MEC - que o próprio MEC endossou).

3. Não me engano: os espíritos cristãos, teológicos, estão açodados, como cães às grades: a "saudade" do período em que as cartas eram dadas pela teologia inebria, enlouquece. A nostalgia contamina. Ah, Idade Média, ah, catedrais góticas, ah, barroco, os dedos se excitam no gatilho...

4. Deplorável.

5. Nietzsche, meu velho, não direi que erraste, mas, digamos, definitivamente, Deus resuscitou...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(1). BOFF, Clodovis, Teologia da Libertação e Volta ao Fundamento, Revista Eclesiástica Brasileira, n. 268, v. 67, outubro 2007, p. 1001-1022, disponível em www.chiesa (aqui).

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