segunda-feira, 28 de outubro de 2019

(2019/029) Fragmentos facebookianos de há um ano III

I.
Toda a exegese que faço procura seguir as orientações desse homem. Vou e devo morrer histórico- crítico, façam ao método as críticas que fizerem - sou moderno, morrerei assim. Resisti a todas as tentativas pós-modernas (disfarçadas em que nomes forem!) de abandonar os métodos histórico-críticos, mas resisti. Um dia, bateu-me às mãos Sinais, raízes de um paradigma indiciário, artigo monumental desse monstro historiador, e eu descobri ali que era aquilo que eu fazia. Pronto, até hoje declaro que a exegese que faço é indiciária, exatamente e rigorosamente nos termos que Gonzburg esclarece em seu artigo... Para terminar, li seu Relações de força, segundo e decisivo golpe nas crítica pós-modernas à metodologia. Que alegria vê-lo com esse cartaz!


II.

Por que o espanto? Vai dizer que não sabia que o cristianismo começou exatamente com fake news?


III.

Alienação religiosa, eu dizia, e meus amigos retrucavam: anacronismo... Pena que não posso rir...


III.

O Rui Costa Pimenta descreveu o PT de um modo irretorquível, irretocável: um partido eleitoral. É isso. Só gente muito BURRA e gente muito MAL CARÁTER tratam o PT como partido esquerdista- revolucionário, comunista. O PT é um partido burguês, de esquerda, eleitoral, que só sabe jogar o jogo dentro do marco institucional. Se houver revolução, acho que ninguém do PT sabe o que fazer, com raras exceções de gente histórica.

Por que, então, tirar o PT do poder, se o PT encheu o rabo da burguesia e da alta elite de dinheiro? A resposta me aprece simples, e vem de Izabel Ribeiro: porque a elite brasileira odeia ver pobre nos mesmos lugares que ela frequenta. Ódio de classe, a despeito de muita gente boa dizer que isso nunca existiu ou, se existiu, acabou.


IV.

Como é olhar um papel escrito, repleto de palavras, frases, orações, parágrafos, e vê-lo tomar forma diante de você? Como é falar com mortos, ouvi-los, usando para isso palavras mortas, que os mortos, enquanto vivos estavam, escreveram? Como é ver palavras tornarem-se imagens diante de nossos olhos? Como é entender o que se passava na cabeça de alguém há mais de dois mil anos, quando ela pensava em escrever determinada história, sobre determinado tema, com determinada personagem, com determinado fim? Se você não se matricular nesse curso para conhecer a mais fantástica (sem exagero!) história da Bíblia, poderia fazê-lo ao menos para ver como se faz e, quem sabe?, passar a fazer também...


V.

"A preponderância do homem no casamento é uma simples consequência da sua preponderância econômica e desaparecerá com esta".


VI.

Por trás de TODO defensor da transformação das escolas públicas em privadas está um lobista de fundos.

... e os idiotas de sempre.


VII. 

O sol parou! Eu li na Bíblia!
O PT vai obrigar igreja a casar gay! Uótzap falou! Vês o padrão?


VIII.

A mula falou! Eu li na Bíblia!
O kit gay do Haddad! Eu vi no uótzapi. Vês o padrão?


IX.

Sal da terra, sal da terra. Essa igreja que aí está, trabalha por dinheiro, trabalha para defensor de tortura e estupro. Essa igreja que aí está não presta mais, não serve mais para absolutamente nada, a não ser apodrecer o tecido social, enriquecer os pilantras charlatões, os canalhas mercenários, que, se pastores são, o são de seu próprio ventre. Que a fúria de todas as tempestades caia sobre suas cabeças!

Sai desse antro de bandidos, povo, enquanto ainda há tempo.







OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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