domingo, 5 de abril de 2015

(2015/395) Duas provocações a partir de Dermeval Saviani


I.


Em Pedagogia, agrada-me superlativamente Dermeval Saviani, desde que li uma declaração dele - que, a meu ver, justifica toda a Pedagogia, toda a Educação:

- educar é dar ao educando acesso às mesmas tecnologias que se usam para mantê-lo sob o controle das forças que o controlam.

O que o educando fará com isso é de responsabilidade dele...

Mas não é de direito do educador, antes é um crime, negar ao educando acesso a elas.

E, senhores, perdão pela radicalidade: 99% do ensino teológico é exatamente isso: negar ao educando, aprofundando sua alienação, o acesso crítico aos mecanismos que o controlam...

Talvez eu tenha errado na cifra...

Para menos?

Para mais?


II.

Por que se usa mais Freire do que Saviani?

Não falo nem de Freire nem de Saviani - falo de quem os usa - mas me parece que com o primeiro é mais fácil manter o "mundo do educando" da forma como é, de modo que o toda a mitologia religiosa é usada como que para emancipá-lo...

Naturalmente, que, todavia, nunca das própria religião.

Já Saviani me exigiria começar denunciando a estrutura de manipulação subjetiva, intersubjetiva e social da própria religião, já que a religião é a ponta de lança do controle social.

Essa é uma hipótese pensada em voz alta...

Alguma validade?












OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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