O momento máximo da apropriação da mente ocidental pelo mito greco-cristão racionalizado é a Teologia Negativa. Ela é um mingau de Platão-Agostinho-Aquino, refinado, quintessenciado, destilado até que não sobre nenhuma aparência de mito - do mito! - e tudo pareça puríssima e refinada "filosofia"... O processo é tão bem feito que quem se entrega a ele, a essa fé refinada, fé culta e cult, considera que abandonou as doutrinas, quando, a rigor, ele agora é vítima da doutrina das doutrinas, aquele que se esconde, que se camufla e, portanto, não pode mais ser denunciada pela própria consciência...
... mas pode.
A Teologia Negativa e a teologia de Tillich ("Deus é símbolo para Deus") contém uma petição de princípio inexorável: se Deus não se deixa conhecer, como se conhece que há um Deus?
É pura retórica.
Como eu disse - é a evolução máxima do sistema doutrinário, em simbiose programática com o sistema filosófico.
Junte-se a ideia - sempre platônica! - do UNO e veja a festa na cabeça do sujeito: Deus sai para entrar de novo...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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