domingo, 5 de abril de 2015

(2015/392) Sobre chicotes

Osvaldo...

Oi...

Está paciente para uma questão?

Não sei... Os dias estão maus. Muita estupidez por metro quadrado. Não há paciência que chegue... Nem o Nilson Lage aguentou...

É... Posso arriscar?

Risco seu...

Está bem. É sobre religião...

Não seria sobre Física Quântica, obviamente...

É... Veja, o chicote. Foi intentado para usar em mulas, em escravos.

É muito provável...

Mas pode ser usado até no sexo...

É verdade...

Não pode ser o caso da religião?

Ah, entendi onde você quer chegar... Manter a roda rodando, mudar tudo para não mudar absolutamente nada...

Responda apenas ao que eu perguntei...

Tudo bem. Respondo: a diferença fundamental entre os usos do chicote que você menciona e a religião me parece simples. O uso de chicotes em cavalos e escravos é "à vera". Quando ele é usado no sexo, o uso é à brinca, mesmo naqueles casos em que seria à vera para alguém que não curte sado. Quem está no controle é, sempre, o chicoteado, a despeito de o chicote estar na mão de quem bate... De resto que se você é honesto em revelar para o fiel que a religião é à brinca, então a metáfora serve...

E o que seria religião à brinca?

Religião em que o religioso sabe que tudo ali é teatro, mesmo quando no melhor sentido do termo, e ele vai ali sabendo que tudo começa e termina ali...

Ah, mas aí deixa de ser religião...

Pois é: religioso é mula e escravo, então.















OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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