domingo, 5 de abril de 2015

(2015/389) Duas provocações sobre vegetarianismo militante


I.



Ah, ele vai à TV e diz que temos de tratar os animais como seres jurídicos, de direito e quase me convence... Mas bastam dois segundos e meio e me pergunto a quais animais ele se refere: aos ácaros também?, aos carrapatos?, às formigas?, às bactérias?, ao Aedes aegypti?

Ele descarta os vegetais e, obviamente, não se encontra em possibilidade alguma de levar a sério sua proposta de tratar os "animais" como seres de direito. É uma falácia que esconde a projeção humana em bichos, mas apenas naqueles que nos constrangem com olhos...

Bem, o porco talvez agradeça, mas as formigas comporão hinos para nós, tratando-nos como déspotas projetivos: "o que os porcos têm que nós não temos?", será a questão apresentada na anual conferência das baratas. E uma barata inteligente dirá: não nos prestamos à hominização, minhas amigas...




II.


Ele jura que é vegetariano, vai na TV e faz caras e bocas, mas nunca confessou que sabe que, ao beber uma gota d'água, deglute mundos de protozoários...

Teatro de aparências...

Será ignorância, ou é religião mesmo?
















OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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