I.
Ah, ele vai à TV e diz que temos de tratar os animais como seres jurídicos, de direito e quase me convence... Mas bastam dois segundos e meio e me pergunto a quais animais ele se refere: aos ácaros também?, aos carrapatos?, às formigas?, às bactérias?, ao Aedes aegypti?
Ele descarta os vegetais e, obviamente, não se encontra em possibilidade alguma de levar a sério sua proposta de tratar os "animais" como seres de direito. É uma falácia que esconde a projeção humana em bichos, mas apenas naqueles que nos constrangem com olhos...
Bem, o porco talvez agradeça, mas as formigas comporão hinos para nós, tratando-nos como déspotas projetivos: "o que os porcos têm que nós não temos?", será a questão apresentada na anual conferência das baratas. E uma barata inteligente dirá: não nos prestamos à hominização, minhas amigas...
II.
Ele jura que é vegetariano, vai na TV e faz caras e bocas, mas nunca confessou que sabe que, ao beber uma gota d'água, deglute mundos de protozoários...
Teatro de aparências...
Será ignorância, ou é religião mesmo?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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