Se o sujeito maneja uma teoria sem torná-la parte existencial de si, se ele lida com ela apenas como quem lida com sabão em fábricas de sabão, mas assim que toca o sinal, ele larga o sabão e vai ao bar com os amigos, se a teoria é para ele meramente instrumento de trabalho naquelas horas em que ele está trabalhando, então é enorme a chance de ele ser flagrado em contradição com a teoria que defende...
Se o sujeito não se policia, não se observa a si mesmo, não se vasculha, não se acompanha, e isso com o objetivo de verificar como ele mesmo opera as práticas em torno das quais gravita a teoria que defende, então será fatal e inescapável que seja flagrado em gritante contradição: com a boca defende uma teoria, mas na prática, aplica outra...
O nome disso é alienação.
Mas o século XIX está morto, então a alienação não existe mais...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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