quinta-feira, 2 de abril de 2015

(2015/375) Produzir fissuras no tecido mitológico

Osvaldo, li ali que você faz essas provocações teológicas com a intenção de criar uma fratura no tecido do mito que controla a mente dos leitores...

Sim...

E que espera que, um dia, mais cedo ou mais tarde, esse tecido se rompa e o mito se estraçalhe...

Isso.

E depois?

Depois o quê?

Sem o mito, a pessoa estará entregue a quê?

A ela mesma, ora, como no início...

Ingênuo de sua parte...

É?

Sim. Tivemos esse início puro que você imagina e veja onde estamos...

E o que é que tem?

Que garantias você tem de que não vai dar tudo no mesmo?

Nenhuma.

Então...?

É minha utopia apenas: entregar as pessoas a elas mesmas, dar-lhes uma segunda chance... Como eu tive.

Acho que vão se enfiar em novos mitos.

Direito delas... O que não é direito é terceiros as controlarem com mitologia.

Elas sequer entendem, o que você diz...

Não é preciso. Como eu disse, não escrevo para ser entendido. Escrevo para provocar rachaduras no tecido mitológico... E, acredite, funciona.













OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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