Osvaldo, li ali que você faz essas provocações teológicas com a intenção de criar uma fratura no tecido do mito que controla a mente dos leitores...
Sim...
E que espera que, um dia, mais cedo ou mais tarde, esse tecido se rompa e o mito se estraçalhe...
Isso.
E depois?
Depois o quê?
Sem o mito, a pessoa estará entregue a quê?
A ela mesma, ora, como no início...
Ingênuo de sua parte...
É?
Sim. Tivemos esse início puro que você imagina e veja onde estamos...
E o que é que tem?
Que garantias você tem de que não vai dar tudo no mesmo?
Nenhuma.
Então...?
É minha utopia apenas: entregar as pessoas a elas mesmas, dar-lhes uma segunda chance... Como eu tive.
Acho que vão se enfiar em novos mitos.
Direito delas... O que não é direito é terceiros as controlarem com mitologia.
Elas sequer entendem, o que você diz...
Não é preciso. Como eu disse, não escrevo para ser entendido. Escrevo para provocar rachaduras no tecido mitológico... E, acredite, funciona.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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