Se há um fetiche, talvez, "o" fetiche, eu penso que é "deus". Com essa palavra, entendam-se os deuses, o deus do monoteísta, tudo quanto é representação metafísica de um ser, uma energia, uma coisa ou uma inominalidade qualquer.
É um fetiche.
Quando você pensa no conteúdo dessa palavra, na sua história, em como se reduz o termo a um conjunto preenchido por toda sorte de especulação e fantasia - a dos outros, claro, que a de nossa religião, não; o conteúdo desse conjunto em nossa religião é sempre a sapientíssima sabedoria dos sábios! -, fico pensando o que leva uma pessoa a se agarrar a ela: medo, interesse, tradição, falta de reflexão crítica...?
Não sei.
Só sei que se trata de um fetiche essa palavra.
O quê? E quanto ao que está por trás dessa palavra?
Bem, isso está resolvido desde o século XIX. É que independentemente de estar resolvido o que está por trás dessa palavra, ela, essa palavra, e não seu conteúdo, que sabemos do que se trata, continua a fazer suas vítimas.
Fetiche.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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