terça-feira, 16 de dezembro de 2014

(2014/781) Faz de conta que é Amor

Como eu queria fazer que entendessem que falar (de) "Deus" é profundamente anti-ético, resquício milenar de nossa incivilização humana... Se fôssemos apenas nós, monoteístas cristãos, poderíamos fingir que se trata de uma linguagem feérica que entendíamos como fabulosa e mágica, coisa para com ela pintar os céus e o mar, a terra e tudo quanto voeja à nossa volta... Mas não! Não somos mais apenas nós. Descobrimos os outros, e descobrimos que não são monoteístas e nem cristãos, e que o mundo de faz-de-conta-que-é-real deles é completamente diferente do nosso, porque tem deuses, deusas, forças, devas, manas, kamis, orixás, espíritos, entidades, brahmas...

Quando um politeísta nomeia esse mundo imaginário, ele inclui a todos.

Quando somos nós, ocidentais monoteístas cristãos, a fazê-lo, excluímos a todos.

Por que não se vê isso?

Por que se teima em tratar Disso como se de Amor se tratasse?






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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