Como eu queria fazer que entendessem que falar (de) "Deus" é profundamente anti-ético, resquício milenar de nossa incivilização humana... Se fôssemos apenas nós, monoteístas cristãos, poderíamos fingir que se trata de uma linguagem feérica que entendíamos como fabulosa e mágica, coisa para com ela pintar os céus e o mar, a terra e tudo quanto voeja à nossa volta... Mas não! Não somos mais apenas nós. Descobrimos os outros, e descobrimos que não são monoteístas e nem cristãos, e que o mundo de faz-de-conta-que-é-real deles é completamente diferente do nosso, porque tem deuses, deusas, forças, devas, manas, kamis, orixás, espíritos, entidades, brahmas...
Quando um politeísta nomeia esse mundo imaginário, ele inclui a todos.
Quando somos nós, ocidentais monoteístas cristãos, a fazê-lo, excluímos a todos.
Por que não se vê isso?
Por que se teima em tratar Disso como se de Amor se tratasse?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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