O sujeito vai a Israel, vai ao Sinai, e, lá em cima, chora lágrimas comovidíssimas de emoção e espiritualidade, e, desde lá de cima, espraia com seu olhar de amor o mundo perdido, que não compreende e não aceita a dádiva de Deus...
E, então, ele anota em seu diário de viagem e peregrinação: estive no monte em que Deus entregou as tábuas a Moisés, e pude experimentar mais uma vez as minhas convicções e, dessa vez, empiricamente experimentadas...
Não sabe ele que aquele monte é falso e a história, um mito.
Quanto ao monte, foi artificialmente identificado como o Sinai por religiosos da era cristã, onde logo trataram de construir um mosteiro.
Quanto à história, bem, não adianta explicar...
(...)
O sujeito vê um grupo de turistas e se aproxima. Vai aproveitar o guia... Caminhas pelas ruas de Jerusalém e chegam a até um edifício muito bonito...
Aqui, o grande profeta subiu aos céus, diz o guia, com o rosto em austera introspecção...
_ Jesus!, grita o incontrolado viajante oportunista...
Todos olham para ele, e ele percebe em seus semblantes uma expressão entre descontentamento, surpresa e repreensão...
Não, meu jovem: Mohamed...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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