Ricardo Aigner, sobre as "intenções políticas de Jesus" e a "encarnação", comentário que você fez ao post sobre a Tdl e Jesus de Nazaré.
Sejam quais tenham sido historicamente as intenções políticas de Jesus, e só podemos trabalhar tateando os vestígios, Jesus de Nazaré nada tem a ver com a interpretação posterior do Verbo. Seja obra da primeira ou segunda geração, seja de Paulo, portanto, ou seja obra da geração do início do século II, a geração da comunidade joanina, portanto, trata-se de uma colagem sobre o Cristo - de modo que somente se eu aceito a alegorização e as interpretações "criativas" (como quer C. H. Dodd) é que posso fazer esse tipo de comentário.
Acho que quase nada do que foi dito sobre o Cristo pode ser aplicado a Jesus. Salvo, claro, se para alguém não faz nenhuma diferença Jesus e Cristo. Mas, para quem estudou, não há apenas diferença - há um abismo intransponível: salvo, no mito.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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