Foi só cair o Muro de Berlim, para o que trabalharam religiosos e não-religiosos, e o mundo liberal, agora, neo-liberal, mas de um liberalismo cego de seus valores iniciais, recrudesceu as garras da extração agigantada dos valores econômicos dos povos do mundo. A mão de larápio dos donos do mundo, desde os Estados Unidos e Europa, até as fortunas espalhadas pelo globo, aumentaram a torção, o garrote e as legislações de benefício próprio. O mundo sangra em velocidade estonteante - e o sangue é drenado para poucas famílias, poucas empresas, poucos centros de poder...
Não vai terminar bem essa história... A única retórica de fundo que podia rivalizar com esse tsunami de descompromisso com os homens e as mulheres do mundo, a retórica comunista, desintegrou-se. Estamos, agora, nas mãos do discurso único, avantajado pelas retóricas pós-modernas, saibam ou não, a serviço dessa onda de desintegração de direitos, de conquistas, de valores...
Não, não é o fim dos tempos.
Mas é o fim de uma era.
Que durou nem 200 anos - e tanta gente com pressa de vê-la ir-se - inclusive, vai-se entender, do lado dos fracos...
Síndrome de Estocolmo...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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