1. Acho que as pessoas contornam o que desejam contornar. Não posso fazer nada a respeito. Mas, se alguém quer se dar ao trabalho de contornar uma hipótese plausível ao extremo, precisa responder a essa questão: o que é mais plausível:
a) a inscrição da cruz é histórica e traduz a acusação ao criminoso político executado - pretendeu ser rei dos judeus, morte pra ele; com isso, com a inscrição, se intimida todos os proponentes e insurretos (e houve outros). Depois que Roma percebeu que tinha que dar cabo de Jerusalém, os "herdeiros" do Cristo puseram o rabo entre as pernas, negaram as pretensões do messias e o transformaram numa espécie de guru e anjo. Teve-se de contornar essa nódoa - o reino dele não é desse mundo, senhor Imperador!
b) Jesus foi um guru, um rabi, um contador de história, um curador, qualquer coisa, menos, terrorista. Aí, lá pelos anos em que Roma tacava fogo em Jerusalém, alguém acha divertido inventar que ele fora morto justamente por aquela Roma incendiária e justamente pelas mesmas razões que agora a levavam a destruir o centro dos rebeldes...
2. Bem, cada um pense como quiser.
3. Para mim, não resta dúvida de que a alternativa a tem muito mais cara de história do que a b...
4. Logo, prefiro trabalhar criticamente com a hipótese de que não apenas Jesus pretendeu algo em relação ao poder de Israel, mas gerou considerável preocupação com os sacerdotes quinta-coluna e o poder romano local.
5. Mataram-no.
6. O restante é religião.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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