segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

(2012/915) Da sutilíssima nova forma de continuar a fazer o mesmo, como se fosse outra coisa - falar de Deus de movo sutil...

1. Não se engane (uma frase de efeito). Dizer que falar de Deus é falar do que não pode ser dito não difere substancialmente em nenhum aspecto de falar de Deus através de doutrinas...

2. Se você acha que considerar que não se pode falar sobre Deus alguma coisa muito diferente de falar arreganhadamente dele, acho que está confuso das ideias...

3. Nos dois casos, o sujeito afirma que há alguma coisa do outro lado: os dois dizem que sabem que há. 

4. Um sabe tanto o que há do outro lado que sabe de que se trata e que essa coisa pode ser descrita - e ele descreve: escreve três volumes de Teologia Sistemática...

5. O outro sabe o que está do outro lado, viu com os olhos e garante que se trata de algo que não pode ser descrito, além da capacidade humana de ver e traduzir. E sabe tanto isso, sabe tanto que o que está lá é intraduzível que escreve outros três volumes de Sistemática.

6. Os teólogos desse segundo tipo acham-se mais nobres, até mais filosoficamente superior aos primeiros...

7. Mas são, todos, do mesmo tipo. Tratam como conhecimento o que não passa de especulação e tradição...

8. Se o sujeito não passar a régua e começar do zero, para mim se trata sempre da mesma teologia de Platão...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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