Tá, é Natal. OK.
Você vai à igreja, eu sei. Vai ver muita cantata e muito presépio, tá, é assim todo ano. Legal.
Agora, vamos combinar: sabe aquelas coroas dos três reis magos?
Bem, não tinham coroas - não eram reis...
Tá, não eram três - não se diz quantos eram...
Era magos e não sabemos quantos.
Que fossem reis e que fossem três, inventou-se, depois.
Mas, no texto bíblico, não eram reis nem eram três - eram magos.
Magis, para ser exato.
Sacerdotes persas, como aqueles, azuis, de Heroes of Might and Magic...
É capaz de alguém - Mateus, alguém antes dele e ele recebeu a tradição? - ter assimilado a profecia do Avesta, livro sagrado persa (zoroastriano), nos termos da qual o Pantokrator (Todo-Poderoso) vai nascer numa gruta, sendo iluminado pela Estrela (Ishtar?).
Assim, nessa famosa composição do Natal, está incrustada uma verdade: não há nada no Cristianismo que seja "dele" - talvez, apenas, a saída complicadíssima de disfarçar um politeísmo de três-em-um.
Se há uma religião que se fez com pedaços de muitas outras, é o Cristianismo. Persa (60 ou 70%), grega (20 ou 30%) e hebraica (10 ou 20%). Um verdadeiro sincretismo.
Depois, virou moda dizer que é uma religião revelada e pura...
Pode ser - mas, nesse caso, a revelação aconteceu lá, na Pérsia e na Grécia, e escorreu para nós...
Por mim, tanto faz.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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