sábado, 10 de novembro de 2012

(2012/745) "E o mar já não existe"...

1. "E o mar já não existe"...

2. Um sermão, que ouvi e me impressionou, há quase 30 anos, dizia que João estava ilhado, e o mar era, para ele, significado de distância e separação. Quando tudo acabasse, não haveria mar... mais... não haveria separação...

3. Achei linda a pregação. E tanto, que jamais a esqueci...

4. Até que, há uns oito, dez, anos, descobri que ela estava errada.

5. Não era nada daquilo...

6. O conceito de criação dos judeus e dos antigos orientais daquela região era assim: tudo vem da água, e da água saiu a terra. A terra sustenta-se no mar cosmogônico, as águas da criação.

7. Quando a terra sai do meio das águas, as águas permanecem lá, e podem invadir a terra de novo - como se disse ter sido no dilúvio...

8. A terra sempre está sob ameaça...

9. João está dizendo que no novo céu e nova terra não haverá mar... Ele quer dizer que não haverá outra descrição, outro fim, outra ameaça. Ele estava dizendo que a nova criação seria para sempre...

10. Não tinha nada a ver com "separação"...

11. Bonito sermão.

12. Mas errado...




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

Um comentário:

Anônimo disse...

Bem, mas a partir do seu parágrafo 9.º já se tem o mote para o sermão correto. É só desenvolver e ir ao púlpito (rsrsrs).
Até mais!

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