terça-feira, 17 de julho de 2012

(2012/575) E a culpa é minha?


1. As coisas que escrevo sobre teologia, as críticas pesadas que faço, as ironias que rabisco, todas essas coisas chocam muitos pastores...

2. Mas não devia. Fossem eles educados para pensar; ensinassem eles as suas ovelhas a pensar, a refletir, a tomarem suas próprias decisões; houvesse em torno deles um ambiente de esclarecimento, de informação, de liberdade, de respeito, de maturidade; fosse o nome do jogo - sem hipocrisias - educação e liberdade, libertação e autonomia; fosse, para eles, a palavra amor mais do que um jargão de culto - ora, fossem assim as coisas e não haveria nenhum constrangimento diante do que eu escrevo, porque eles mesmos já teriam pensado sobre isso, não importando o rumo a tomar depois da reflexão...

3. Mas, não. A inculcação dogmática, obscurantista, controladora e autoritária que promovem os impede de pensar, impede suas ovelhas de pensar e condenam-nos, a todos, a esconder as cabeças nos buracos da fé.

4. E a culpa é minha...

5. Eu duvido que aqueles pastores que têm, com suas ovelhas, uma relação franca e aberta, de esclarecimento e respeito, constrangem-se de ler-me. Certamente não levarão meus textos para o púlpito - mas tampouco os quererão ver queimados, nem eles nem o autor deles.



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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