segunda-feira, 9 de julho de 2012

(2012/561) Crítica e mortificação


1. É a crítica teológico-religiosa o contrapeso espiritual da mortificação da carne? O que monges fazem com cilício e mármore, fazemos com palavras e pensamento?

2. Em certo sentido, sim.

3. Todavia, a crítica não aprofunda a estrutura, não solidifica os muros - ela é iconoclasta. O rigor, a austeridade, a paixão é a mesma...

4. Mas a crítica é Senaqueribe. O claustro é Laquish. Esta reforça urgentemente seus muros. Mas a rampa de Senaqueribe já alcança o cotovelo da amurada... Os ossos tremem...

(...)

5. Não vos preocupeis demasiado, senhores teólogos religiosos. Laquish caiu, mas Jerusalém pagou tributo e permaneceu de pé....




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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