1. Não, não há mar que comporte todas as lágrimas de um homem que perde a mulher da sua juventude. Nem se o Atlântico e o Pacífico assinarem um tratado, nem se a Lua emprestasse latifúndios, nem se Deus abrisse a sua casa. É imenso. É enorme. É interminável.
2. De sorte que o amor que amor de fato é chora a cada dia uma lágrima, preparando-se para o dia da separação. E quanto mais se ama, tanto mais amarga é essa lágrima, ao lábio recolhida e travada do fel da angústia.
3. Não há remédio para isso. Amar mais é tanto mais sofrer. E não há amor budista, que sofresse menos ou nada, pelo desamor que inventasse, porque o amor é refratário a qualquer coisa que não sofregamente apegado e dolorido.
4. Amor é dor.
4. Amor é dor.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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