1. No centro da discussão a respeito da objetividade/subjetividade e, na maioria esmagadora das vezes, recorrendo às mais grosseiras simplificações, está o episódio relacionado ao desenvolvimento da Física no século XX. O Princípio de Incerteza, da escola de Copenhague, saiu "vitorioso" e, numa espécie de onda alucinada/alucinógena, impregnou todos os olhares, em todos os ramos, da Lingüística à Sociologia, da Psicologia à História - em Solvey, dissolveu-se o real - ou, para ser menos dramático, tornou-se o real incognoscível, apenas matematicamente (intersubjetivamente) apreensível.
2. Difícil decidirmos se a história da física moderna contaminou tudo ou se, no fundo, ela também é reflexo do processo de dissolução de "Deus", próprio do jogo democrático-republicano: onde não há "Deus", não há nada. No final do sexto vídeo, o professor Jim Al-Khalili encerrará desse modo sua excelente filmagem: acaso...
3. É sintomático. Saímos de um mundo dirigido, determinado, controlado por "Deus" e, uma vez que essa espécie de concepção só pode ser, agora, considerada mito, uma vez que não haja ninguém lá para segurar coisa alguma, para controlar coisa alguma, resulta necessário que tudo seja, portanto, indeterminável, fortuito, obra do acaso. Pode ser... Quanto a mim, consideraria que, sem considerar a batalha de egos que se descortinava por trás das conferências, caímos naquela velha rusga, caracterizada pela alternativa radical entre uma idéia e seu oposto. Não é "Deus" - é o acaso...
4. Pode ser. Tenho dúvidas. Acho que tem de haver uma explicação intermediária, que considere tanto o acaso quanto um determinismo local. E, de qualquer modo, não considero que essa história da Física tenha terminado. Acho que ela ainda terá outros lances - se é que já não estão ocorrendo, agora, fora da mídia. A conferir.
BBC
Atom - clash of Titans
Jim Al-Khalili
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
PS. na imagem acima, o LHC - Large Hadron Colider, maior e mais cara "cartilha de matemática" da história!
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