quinta-feira, 24 de março de 2011

(2011/198) À superfície, rápido! E, para surpresa geral?, eis-me como que no fundo, de novo



1. Emprego uma metáfora. Entrei na pesquisa pelo fundo do lago, onde os sedimentos se acumulam. Não posso dizer que vasculhei in totto os sedimentos. Ocorre, antes, que, uma vez que percebi - quando? - que as questões fundamentais não estão no fundo do lago - na Teologia -, empreendi movimentos de nadar para cima, cada vez mais para cima...

2. Fenomenologia, Hermenêutica, Epistemologia, Biologia, Complexidade... Não é no fundo, nesse sentido, que se deve procurar aquilo que se procura - é mais acima, mais à superfície.

3. Mas, a cada vez que subo, a cada vez que me aproximo da superfície, percebo que o fundo está refletido ali, como quem, desde fora do lago, à margem, olha para o lago, e vê, ao mesmo tempo, o espelho d'água e o leito lodoso. De cima, está tudo misturado. É preciso, pois, entrar no lago, e olhar a superfície d'água longitudinalmente.

4. O século XX foi o século de olhar o lago desde cima - e, por isso, a Teologia esteve - e ainda está - misturada em muita racionalização científica, da Física à Gramática. Trata-se de uma questão de ótica, de perspectiva. É preciso esquecer a tela pintada por milênios. É preciso pintar outro quadro.







https://www.facebook.com/osvaldo.l.ribeiro/posts/813475888732983

OSVALDO LUIZ RIBEIRO

Um comentário:

Prisca disse...

Nos apresente outro quadro! Posso até ser artista, mas ainda não sei pintar :/

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