1. Como saber se não estamos nos dedicando a uma questão maior do que nós? Como saber se não estamos gastando nosso tempo, nossa vida, com problemas que ultrapassam nossa capacidade pessoal? Fosse a vida fácil de ser vivida, haveria uma lei universal, segundo a qual a mente só se entregaria a reflexões às quais pudesse fazer frente - e, todavia, nada menos verdadeiro. A mente humana mete-se a enfrentar questões para além de sua capacidade de resposta - por exemplo: o que há para além dos limites do cognoscível?
2. Hoje à tarde bateu-me um temor de estar me metendo em questões para além de minha formação e capacidade. Confesso que tremi. Talvez seja um cansaço do cérebro, do corpo. Esse cansaço talvez seja o melhor argumento para o fato de que, se alma há, não é ela que pensa, porque alma cansar é coisa que não faz sentido. Já o corpo, ele, que pensa... Já a mente, ela, que trabalha...
3. Amanhã, eu sei, estarei revigorado de força e confiança, e vou me meter a questionar coisas para além de minha compreensão atual. Talvez, aí, cometa os mesmos erros que eventualmente cometi até aqui. Mas estarei menos cansado, e essa questão não estará tão evidente.
4. Todavia, uma coisa é certa para mim, ao menos agora, aqui, nesse instante: não devíamos ser capazes de perguntar nada que não pudéssemos responder nos mesmos...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
PS. agora, 23 horas. Uma daquelas coincidências da vida. Revendo o volume 2 de O Método, de Morin, a sexta de sete epígrafes do Prólogo, atribuída a Dostoievski: "sempre escolhi assuntos acima das minhas forças". Pelo visto, a vida é ingrata também para os "gênios"... quanto não o será conosco, vermes mortais...
2. Hoje à tarde bateu-me um temor de estar me metendo em questões para além de minha formação e capacidade. Confesso que tremi. Talvez seja um cansaço do cérebro, do corpo. Esse cansaço talvez seja o melhor argumento para o fato de que, se alma há, não é ela que pensa, porque alma cansar é coisa que não faz sentido. Já o corpo, ele, que pensa... Já a mente, ela, que trabalha...
3. Amanhã, eu sei, estarei revigorado de força e confiança, e vou me meter a questionar coisas para além de minha compreensão atual. Talvez, aí, cometa os mesmos erros que eventualmente cometi até aqui. Mas estarei menos cansado, e essa questão não estará tão evidente.
4. Todavia, uma coisa é certa para mim, ao menos agora, aqui, nesse instante: não devíamos ser capazes de perguntar nada que não pudéssemos responder nos mesmos...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
PS. agora, 23 horas. Uma daquelas coincidências da vida. Revendo o volume 2 de O Método, de Morin, a sexta de sete epígrafes do Prólogo, atribuída a Dostoievski: "sempre escolhi assuntos acima das minhas forças". Pelo visto, a vida é ingrata também para os "gênios"... quanto não o será conosco, vermes mortais...
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