1. Eu sou um péssimo propagandista de mim mesmo. Digo para Bel que, se o pão que lhe devo cotidiano dependesse de eu me tornar caixeiro viajante, comeríamos areia. No campo da divulgação de meus trabalhos, some-se a isso uma exaustão tão grande na fase de produção, que me sinto "entendiado" por um longo tempo a respeito do trabalho em si. Se me surge oportunidade de falar, falo de outra coisa, escrevo outros trabalhos, como que para me purgar de um grande esforço, um sacrifício, quanto ao que o corpo permanece por um bom tempo ressentido.
2. Dois exemplos: escrevi minha dissertação sobre Nehushtan e, mais recentemente, minha tese sobre Gn 1,1-3. É prática muito comum que os congressos sejam visitados por apresentações tópicas de mesas no estilo "o estado da pesquisa que estou fazendo", ou, ainda, "o resultado da pesquisa que eu fiz". Eu tenho dificuldades psicológicas de o fazer, e acabao falando em congressos, sim, mas tratando de temas tangenciais apenas aos meus trabalhos centrais. Além disso, aqueles dois trabalhos desconstroem tão profundamente a tradição baseada nos textos trabalhados, que uma apresentação de dez minutos em congressos não é suficiente para explicação e defesa da posição. De modo que, fora resumos aqui e ali, pouca reverberação dei àquelas duas pesquisas. Em 2011, tratarei de providenciar sua publicação.
3. Tenho um artigo esperando para ser publicado em Pistis & Praxis, que sairá no próximo número, em que proponho uma nova classificação para a Teologia (vamos ver como será a sua recepção). Assim, em intervalos de trabalho, consulto o site da revista. Acabei de fazer isso. E acabei encontrando um artigo de meu amigo Haroldo Reimer, Criação e Cuidado. Li-o. E, para minha surpresa, meu amigo considerou bastante minha tese de doutorado como fundamento de grande parte de seu texto. Chegou a transcrever citados, e eu tive uma sensação muito prazerosa de "me" ver na citação - é fácil identificar-me em meu estilo, recheado de orações assindéticas breves e longos períodos subordinativos.
4. Fiquei feliz. Meu sempre mestre Haroldo Reimer foi meu orientador em Nehushtan e particupou de minha banca de doutorado. Ver que meu sempre mestre acatou minha tese, ainda que, sempre, prudentemente, no campo das hipóteses possíveis - e esse é o "modo" haroldiano de ser - é um atestado de trabalho bem feito.
5. Que prazer, meu amigo. Obrigado. E agradeço tanto mais quanto sei que não se trata de uma bajulação sua, muito menos, informo aos leitores, uma "dobradinha" combinada - nem você nem eu temos o hábito de levantar a bola um para o outro cortar, conquanto tenhamos trabalhado muito juntos nesses últimos anos. O que não faz com que concordemos imediatamente em tudo - o que faz com qe a sua fundamentação em meu trabalho de tese se revista de um valor ainda maior: arrancar de meu mestre uma concordância - e pública - é o maior elogio que meu trabalho já recebeu até hoje (sem considerar, claro, os que Bel me faz amiúde...).
2. Dois exemplos: escrevi minha dissertação sobre Nehushtan e, mais recentemente, minha tese sobre Gn 1,1-3. É prática muito comum que os congressos sejam visitados por apresentações tópicas de mesas no estilo "o estado da pesquisa que estou fazendo", ou, ainda, "o resultado da pesquisa que eu fiz". Eu tenho dificuldades psicológicas de o fazer, e acabao falando em congressos, sim, mas tratando de temas tangenciais apenas aos meus trabalhos centrais. Além disso, aqueles dois trabalhos desconstroem tão profundamente a tradição baseada nos textos trabalhados, que uma apresentação de dez minutos em congressos não é suficiente para explicação e defesa da posição. De modo que, fora resumos aqui e ali, pouca reverberação dei àquelas duas pesquisas. Em 2011, tratarei de providenciar sua publicação.
3. Tenho um artigo esperando para ser publicado em Pistis & Praxis, que sairá no próximo número, em que proponho uma nova classificação para a Teologia (vamos ver como será a sua recepção). Assim, em intervalos de trabalho, consulto o site da revista. Acabei de fazer isso. E acabei encontrando um artigo de meu amigo Haroldo Reimer, Criação e Cuidado. Li-o. E, para minha surpresa, meu amigo considerou bastante minha tese de doutorado como fundamento de grande parte de seu texto. Chegou a transcrever citados, e eu tive uma sensação muito prazerosa de "me" ver na citação - é fácil identificar-me em meu estilo, recheado de orações assindéticas breves e longos períodos subordinativos.
4. Fiquei feliz. Meu sempre mestre Haroldo Reimer foi meu orientador em Nehushtan e particupou de minha banca de doutorado. Ver que meu sempre mestre acatou minha tese, ainda que, sempre, prudentemente, no campo das hipóteses possíveis - e esse é o "modo" haroldiano de ser - é um atestado de trabalho bem feito.
5. Que prazer, meu amigo. Obrigado. E agradeço tanto mais quanto sei que não se trata de uma bajulação sua, muito menos, informo aos leitores, uma "dobradinha" combinada - nem você nem eu temos o hábito de levantar a bola um para o outro cortar, conquanto tenhamos trabalhado muito juntos nesses últimos anos. O que não faz com que concordemos imediatamente em tudo - o que faz com qe a sua fundamentação em meu trabalho de tese se revista de um valor ainda maior: arrancar de meu mestre uma concordância - e pública - é o maior elogio que meu trabalho já recebeu até hoje (sem considerar, claro, os que Bel me faz amiúde...).
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