sábado, 6 de março de 2010

(2010/181) Quando o método tem dois pesos


1. Um grupo "do bem", muito interessado no "melhor" para "todos", ciente do dever da consciência de nos impor o "sacrifício" pela causa, articula-se politicamente: você propõe, eu apóio, você defende, a gente vota. Pronto - a "vontade de Deus" está feita... Muito moderno o método, bastante "contextualizado", eu diria...

2. Aí vem o grupo "do mal". O grupo "do mal" é articulado, também. Tem estrutura de partido, iguazinho ao grupo do bem. Mas é do mal... Eles combinam, também: você indica, eu apóio, você defende, a gente vota...

3. Placar? Um a um, não? Ah, o grupo do bem vai espernear - ah, e como sabe espernear! Vai dizer que as hostes do diabo se levantaram e coisa e tal... Mas, cá entre nós... É mais ou menos como a diferença entre fundamentalistas roxos e evangelicias moderados - sob certa perspectiva, não tem diferença nenhuma... O "poder de Deus" revela-se assim - no poder dos grupos políticos...

4. É, como se tem dito até quase a apoplexia, o "mundo" entrou na Igreja, mesmo... E em nenhum outro lugar isso é mais visível do que no modus politicus da nossa nata, a nata do bem, a nata do mal... Qui prodest?


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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