1. Tomando por base os dados da SESU (Secretaria de Ensino Superior), os cursos de Teologia do país contemplam as seguintes "religiões" - sem mencionar a obviedade ululante das instituições católicas e evangélico-protestantes:
- Messianismo: Faculdade Measiânica
- Umbandismo: Faculdade de Teologia Umbandista
- Kardecismo: Faculdade Doutor Leocádio José Correia
2. São, já, 107 cursos de Teologia. Onde, aí, se ensinará uma Teologia verdadeiramente acadêmica, quero dizer, não-confessional, não-provinciana, não-programática, não-pré-formatada?
3. Talvez ainda seja "cedo", com apenas essas três representações não-católicas/protestantes, para se pensar em um Congresso de Teologia, naturalmente que não um Congresso de Teologia católica ou protestante, mas dessa Teologia que surge desse caldeirão confessional. Não vejo a hora de a Teologia ter de definir-se face a face, monoteístas e politeístas, cristãos e não-cristãos, defendendo confissões de parte a parte... Teólogos-sacerdotes terão de escolher entre a epistemologia e a política!, terão de esquecer os púlpitos, para apertarem-se as mãos...
4. Contudo, talvez o pragmatismo vença, a "harmonia" política esconda os conflitos epistemológicos, e cada qual continue a fazer da Teologia no MEC uma paródia triste de ciência...
5. Oxalá eu queime a língua - porque o corpo, não estamos mais em dias disso. Se bem que não duvido da volta literal deles, porque não foram as religiões que mudaram, muito menos a cristã, nos últimos trezentos anos: apenas a República as trata com polícia...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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