quarta-feira, 20 de maio de 2009

(2009/275) PARECER CNE/CES Nº 118/2009 - Reação a Zabatiero - II


1. Meu amigo Zabatiero tocou numa questão grave. O leitor há de recordar-se de que Zabatiero reagiu a meu post de congratulações ao Parecer 118/2009 do Conselho Nacional de Educação, reação, conquanto incisiva e contrária, contudo, muito cortez. Ao que eu lhe dediquei o post anterior, sobre parte da reação dele, mas dedicado apenas a questão da ausência por ele anotada da proposição de um "eixo-teológico" no Voto. Agora, quero dedicar alguns insuficientes pensamentos, naturalmente incipientes, à seguinte questão por ele levantada: o Parecer "não distingue religião de teologia, nem teologia de ciências da religião - é pedagogicamente inviável (...) nem se menciona a palavra religião".

2. Meu amigo, Zabatiero - você põe a coisa de modo bastante severo e grave. Você põe as coisas de sorte que o Parecer devesse ter "resolvido" a questão ainda insolúvel - o que é Teologia? O que são as Ciências da Religião (ou o que é a Ciência da Religião?, como preferem alguns)? Ora, a discussão que muito bem vocês, quando você estava na EST, levantaram por lá, ou seja, qual o estatuto epistemológico da Teologia em sua fase "MEC", sugere, corretamente, que estamos absolutamente perdidos quanto a isso.

3. Certo, talvez eu tenha entendido mal o "projeto" daquele número marcante da Estudos Teológicos (47/2). Talvez eu tenha entendido que se tratava mesmo de discutir seriamente o estatuto teórico da Teologia, administrada, agora, pelo Sistema Federal de Ensino, quando, estava eu enganado, o objetivo era meramente apologético, e, onde se lera "discussão do estauto teórico da Teologia", se devia ter lido, programaticamente, "elaboração de um discurso legitimador para a Teologia, agora no MEC". Todavia, eu prefiro pensar que o projeto daquele número era, mesmo, discutir a situação da Teologia, quem ela é, o que ela está fazendo no MEC - e foi assim que analisei, criticamente, os artigos publicados.

4. Por esse prisma - a discussão do caráter epistemológico da Teologia -, a coisa não está resolvida. Mas nem de longe! Se fui feliz nas críticas, a proposta de von Sinner não tem sustentação epistemológica fora da epistemologia provinciana da confissão religiosa - nem no concerto das Teologias ela cabe!, quanto mais no concerto das ciências. A proposta do Müeller chega quase e "enganar", porque a esperança, ali, parece, à primeira vista, uma utopia aberta, mas é nada, é a velha fé do pacote confessional-doutrinário, de modo que sai-se melhor von Sinner, já que é mais descarado na proposta. Você, roeu a corda e pede pra sair: a Teologia não é "ciência"... 2 x 1, e mesmo assim, são duas propostas que o Parecer interdita.

5. E o que é Teologia no MEC, então? Se ela é confessional, metafísico-ontológica ou metafórica que seja, tradicional, conteúdo, depósito de fé, você está certo - xô! com isso da Universidade. Por outro lado, von Sinner e Müeller querem isso mesmo na academia: "falar de Deus" e "interpretação ideológica (= "à luz da esperança") da realidade". Não dá. Temos que trabalhar de novo. Temos que sentar, com calma, nós teólogos. Mas isso apenas se for para romper a barreira da apologia, da confissão, e para pensar Teologia a partir das conseqüências epistemológicas implícitas no século XIX. Voltar para a Idade Média, não! Levar a Idade Média para dentro da sala de aula da Graduação em Teologia (von Sinner e Müeller), não dá. Temos que transformar, então, a Teologia, em ciência. Ou fazer o que você disse: debandar...

6. De minha parte, reconheço que os teólogos, como pensam nesse momento, não querem entregar os despojos da Teologia às rotinas epistemológicas "estranhas" das ciências. Eu quero. Não me importo com o fato de a Teologia ter sido posta às cordas por esse Parecer. Com a Teologia será assim mesmo - terceiros hão de nos ensinar, porque nós mesmos somos cabeças-duras demais para aprendermos sozinhos. Assim, os eixos programáticos do Voto me parecem, mais do que adequados, necessários. Nos impõem limites, dentro dos quais podemos trabalhar a questão nervosa: quem somos nós, teólogos?, o que é o que fazemos, "Teologia"? O que é essa Teologia, agora, no MEC?

7. Sim, sim, meu amigo: há o risco de descobrirmos que ela não é nada de diferente, se no MEC, de uma das Ciências da Religião. Corremos o risco, sim, de descobrir que Teologia só existe como mito, e, então, não serve para se articular numa plataforma heurística. "Teologia" é estético-política, e só... Fazer o quê? A gente troca o nome do que a gente faz e segue o enterro. O que não se pode fazer é criar um discurso legitimador, político, para manter o que fazemos, a qualquer custo, no MEC. Entramos sem discutir com seriedade a questão - bem, pecado, vamos e não pequemos mais... Sentar agora e discutirmos o estatuto teórico da Teologia, e, agora, municiados desse limite epistemológico - os seis eixos.

8. Não caberá na definição: revelação ou artimanhas do tipo, dogmas ou tradições normativas, cosmovisões pré-estabelecidas e metodologias de encomenda, ou seja, nada disso que a Teologia faz sem ter um pingo de vergonha, quando o faz - e sempre o faz. Na PUC-Rio, Zabatiero, nobre teólogo, desde a cátedra, ou seja, em aula, em plena gestão CAPES/MEC, quando lhe perguntei sobre o caráter cultural do "Evangelho" que, ele quer, eu leve às "culturas" - em contexto de discussão de "Antropologia Teológica" (seja lá o que for isso) -, com base em Clifford Geertz, disse-me que, abre aspas, se o Cristianismo não mantiver um núcleo proposicional revelado, não é Cristianismo, fecha aspas. Ou seja, não é "cultura", não - é mais: é um ectoplasma sacramental... Ora, na Igreja, que seja - teremos paciência de esperar. Mas no MEC? Ter a coragem de dizer que a Teologia lida - no MEC - com um "núcleo proposicional revelado"? Zabatiero...!

9. Assim, sem constrangimentos, correndo o risco de um pecado de ingenuidade, de portar-me levianamente, constrangendo meus pares - sou teólogo! -, mas, contudo, cuidando expor-me para o melhor proveito da Teologia acadêmica (nesse aspecto, sem as considerações pastorais, que não me cabem, dando seguimento às questões postas por Bonhoeffer, por exemplo) - que deve nascer ainda -, considero que o Voto, o Parecer, sejam providencialíssimos. Sem ele(s), Zabatiero, a Teologia no Brasil se transforma oficialmente no que vinha se transformando - bagunça completa, oportunismo, mercado, desmazelo. Cem cursos, diz o Parecer! Vai olhá-los de perto, Zabatiero... E não adianta pedir responsabilidade, porque, se a República não estivesse aí, estávamos a quebrar imagens e a fechar templos de umbanda. Não fora a República, os autos de fé ainda queimavam. Se não houver controle científico-humanista sobre nós, nós, que nunca nos convertemos aos valores científico-humanistas, brincaremos de revelação e tradição, onde devíamos produzir crítica das idéias e compreensão científico-cognitiva até das rotinas de fabricação de (nossos) mitos.

10. Eu gostaria de uma discussão aberta e franca. Fico feliz que o Parecer tenha provocado isso. Mas ainda há mais a fazer - há que se interromper, e rápido, esse sistema de produção apócrifa de Teologias "livres", epistemologicamente irresponsáveis, que mancham o caráter sério da formação de gente que, como nós, come História e Exegese. Que seja definitivamente interditado o uso da expressão "Bacharelado em Teologia" ou "Teologia", salvo sob supervisão do MEC. Quem quiser que abra cursos com outros nomes, inaproveitáveis para o sistema de "co-validação". No momento, há seminários de fundo de quintal produzindo péssima "Teologia", e fornecendo matéria prima para procesos de "validação de diploma". Se, profissionais da Teologia, você e eu, não nos insurgirmos contra essa indecência ético-jurídica, seja em nome do que for, até de um corporativismo pastoral, que moral temos para tomar o bastão, na ágora, na defesa de nossa carreira? Há mais coisas a fazer. O Conselho ainda não meteu a mão onde ainda tem que meter. Tomara, Zabatiero, que meta a mão logo. Conto os dias...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

6 comentários:

julio zabatiero disse...

Caro Osvaldo,

O debate pode ser muito interessante, mas é preciso que os termos do mesmo fiquem claros, para não falarmos de duas coisas distintas como se fossem a mesma. Tenho poucas linhas, mas vamos lá:
(1) não tenho problema algum em concordar com você em que a teologia enquanto atividade acadêmica não possa ser confundida com a doutrina ou com o dogma das instituições religiosas. Porém, discordo de sua interpretação dos textos de Enio Muller e Rudolf na revista da EST. Eles não estão propondo teologias dogmáticas, nem fazendo apologia de dogmas travestidos de valor extra-religioso - mas este não é nosso tema aqui;
2. O que discuto em relação ao parecer (e fiz um texto com umas 8 páginas, se vc quiser posso lhe mandar por email) é que a Teologia, no mundo acadêmico, possui SIM sua ESPECIFICIDADE. No meu artigo no mesmo número da ET indiquei, por exemplo, que um dos elementos dessa especificidade é a multidisciplinaridade. Veja o caso da exegese: como fazer exegese em diálogo interdisciplinar com arqueologia, história, lingüiística, etc.?
Então, minha crítica ao Parecer não é em relação à interdisciplinaridade (eu prefiro, para a Teologia, multidsciplinaridade), mas o fato de que ninguém faz diálogo interdisciplinar a partir do vazio, sempre se o faz a partir de uma disciplina específica.
Que o estatuto teórico da teologia esteja em debate não altera o fato de que a teologia é uma atividade críti e reflexiva - definição do parecer para ciência. Também não altera o fato da especificidade da teologia a crença em Deus ou não. Filósofos da religião estudam 'Deus" ou o transcendente do Parecer racionalmente sem nenhum constrangimento. Por que a teologia teria de se constranger em discutir o transcendente "teologicamente"?
Quanto aos seis eixos, para mim eles são um só: o da interdisciplinaridade. O eixo da teologia teria o que? Teria, pelo menos, o que se faz em cursos acadêmicos de teologia: exegese, história das religiões, teologia sistemática, etc., com todo o rigor que a teologia demanda do estudioso e da estudiosa.

Obrigado pela oportunidade de participar do seu blog, e abraços!

Peroratio disse...

Opa, Zabatiero. Legal esse canal de diálogo.

Você suscita questões e demandas.

1) quanto aos artigos de von Sinner e Müeller - estou aberto a contestação da leitura que fiz, desde que evidenciada no texto. Uma classe de mestrado e outra de gradução já os examinaram, criticamente, parágrafo a parágrafo, e não dá pra desviar: é defesa de confisão na cátedra. E olha que fui fazendo o papel do advogado do diabo contra mim mesmo, mas não tem jeito...

2) sim, quero, sim, seu texto. Gostaria de lê-lo. Que bom que não se aborreces com minhas investidas. Dão-se no campo das idéias, você há de saber.

No mais, vou refletir com calma, e escrever.

Não precisa agradecer pela participação. Eventualmente, coloco seus comentários na forma de um post.

Um abraço, Zabatiero,

Ah, e o blog é de Haroldo, Jimmy e eu. Tá certo que Jimmy está por ser provado exsitente, cuida-se ser uma aparição. Haroldo bem que vai fugindo às atividades e escrevendo. Eu é que sou "doente", e dito um ritmo pesado. Mas o blog é de nós três.

Osvaldo.

Rodrigo Walicoski Carvalho disse...

Prezado Osvaldo,

Sou estudante de teologia, e nesta condição escrevo algumas linhas. Suas palavras em torno da teologia me soaram bastante contraditórias. Segundo você ela a teologia assenhorou-se do mundo e eu concordo pois desde Jesus, o foco da humanidade mudou. A manifestação de um reino que nao é deste "mundo" se iniciou e isto trouxe consequencias de todas as espécies. A filosofia grega logo foi aglutinada por "algo superior" (Algo superior no sentido de Agostinho) o que deu possibilidade ao as "ciências". (Exceto a matemática ou mais precisamente à lógica que é tão antiga quanto a humanidade). POr este motivo me parece estranho você querer dar uma rasteira na teologia. Como você mesmo já afirmou, ela permanece como pano de fundo das epistemologias universitárias, inclusive no Brasil. Essa fé ou transcendência na teologia, que você despreza, é também sua base de sustentação. É nossa fundamentação, nossa fundação. Em que outra base toda epistemologia da ciência está sustentada? Nenhuma epistomologia se sustenta sem fé e esperança. O que me assegura que o sol nascerá amanhã? A atitude crítica nao sustenta nem a si mesma. Descartes quem o diga. Ainda estás em solo moderno caro professor. E a dita ciência da religião se sustenta como? Sentimento de dependência absoluta?? O totalmente outro?? Se quiser retirar o status científico da teologia metafísica clássica, estarás evidenciando toda fragilidade da era científica que neste caso nao passa de mera possibilidade.

Meu eixo de pensamento logicamente denuncia minha insatisfação quanto ao parecer...

Espero que nao acate meus comentários como um desacato a você e os outros professores, mas, sinceramente, nao penso que teologia séria seja a teologia distante da fé. A fé é indispensável para qualquer atividade humana

atenciosamente

Rodrigo Walicoski Carvalho

Peroratio disse...

Logo se vê, Rodrigo, que você maneja a palavra "fé" em um sentido absolutamente distindo do da "Teologia" medieval. "Esperança", "abertura", "mistério" - nada disso tem a ver com confissão, dogma, doutrina, verdades prontas e acabadas. E essa "fé" teológica. No campo da Filosofia, sugiro Manuel Garcia Morente, Fundamentos de Filosofia. No campo da Teologia, sugiro meu livrinho, O que é Fé. Resolvido esse problema do uso que você faz da palavra fé, aí podemos retornar ao teor de seu comentário, de resto, bem-vindo.


Osvaldo

Rodrigo Walicoski Carvalho disse...

Boa tarde prof. Osvaldo,

Li o capítulo sobre Fé na obra que indicou (Análise Ontológica da Fé), bem como algumas partes de outros capítulos. Seu livro “o que é fé”, não li pois não tenho acesso, mas se segue a linha da primeira obra de referência, não vejo necessidade de ler. Se concorda com toda exposição do autor (Manuel Garcia Morente), percebi que você só assume a fé que é vinculada a um ato, e não a fé como virtude. É claro que a palavra Fé é digna de muitas conversações. Não penso, como você, que o uso que faço da palavra fé seja um problema em si, haja vista que, como o senhor mesmo afirmou, já me desvinculei, neste diálogo, na definição da palavra fé, do medievalismo. Mas, se para sequencia de nossa conversa, prefere adotar a uma definição moderna para a palavra fé (já que o autor de sua referência assume uma estrutura nitidamente moderna), não vejo problemas em assumir aqui uma postura moderna, juntamente com o sr., a fim de que superemos essas diferenças e avancemos para aquilo que realmente importa (Apesar de que, em meu ponto de vista, a passagem do medievalismo para a modernidade não está focada nesta questão).
O que eu estava dizendo, e continuo afirmando, é que a teologia, ao ser desconstruída, irá deixar a modernidade sem chão, pois, em minha opinião, e de muitos filósofos e teólogos que leio e admiro, a teologia atrelada a filosofia platônica, é a base de possibilidade para a ciência. Isto porque “ciência” (englobo aí ciência da religião) desvinculada do “ato de fazer ciência”, é apenas mais um ente metafísico sem vinculo com a “realidade” (que também é outro ente metafísico, e assim por diante). Não há pra onde correr (aqui é que alguns filósofos pós-modernos nos apontam “caminhos”), nossa linguagem está impregnada de metafísica. A tradição platônica-agostiniana-decartiana-kantiana-hegeliana está presente. Toda nossa linguagem sucumbiria sem essa tradição. Teríamos que reinventar nossa fala, nossos discursos, etc. Mesmo um “pós-moderno”, que pretende apontar uma “rota alternativa”, não alcança êxito em suas investidas visto que para se fazer compreendido busca trazer um “novo fazer filosófico” ainda com linguagem do “antigo fazer filosófico” pois corre risco, o tempo todo de não ser compreendido. Em cada termo que adotamos, até mesmo neste diálogo, caminhamos em solo metafísico. O próprio conceito “teologia” é um conceito metafísico (que deveria evitar se quer evitar ser medieval).

Transcrevo aqui um texto do teólogo Willian Lane Craig que pode expressar melhor o que estou dizendo. Ele apresenta cinco casos em que a ciência não se sustenta. Nestes casos precisamos de fé (uma fé medieval ou moderna, tanto faz) para que a ciência seja possível.

Rodrigo Walicoski Carvalho disse...

continuação...

“1) Verdades lógicas e matemáticas não podem ser provadas pela ciência, a ciência pressupõe a lógica e a matemática e tentar prová-las cientificamente seria petição de princípio. 2) Verdades metafísicas como: existem outras mentes além da minha, ou que o mundo externo é real, ou que o passado não foi criado a cinco minutos aparentando ser mais velho, essas são crenças racionais que não podem ser provadas cientificamente. 3) Crenças éticas sobre opiniões de valor não podem ser avaliadas pelo método científico, você não pode mostrar, com a ciência, se os cientistas nazistas nos campos de concentração fizeram algo maligno, em contraste com os cientistas nas democracias ocidentais. 4) Julgamentos estéticos, não podem ser acessados pelo método científico, pois o belo, assim como o bom, não pode ser provado cientificamente. 5) E finalmente o mais notável seria a própria ciência. A ciência não pode ser justificada pelo método científico. A ciência é permeada de suposições que não podem ser provadas, por exemplo, a teoria especial da relatividade. Toda teoria depende da suposição de que a velocidade da luz é uma constante em uma direção, entre dois pontos quaisquer A e B, isso não pode ser provado. Nós simplesmente devemos admitir isso, a fim de manter a teoria. Nenhuma destas crenças podem ser provadas, contudo são aceitas por todos nós”

Se minha reflexão está correta, correlacionada com o texto de Craig, surgem duas conseqüências práticas inevitáveis.

1) Você está desconstruindo seu próprio chão ao querer desvincular teologia de revelação e fé, ou como expressa o parecer “excluir a transcendência”. Não há status epistemológico para as ciências se esse princípio for adotado até seu limite. É uma contradição evidente. A teologia cristã, e mais nenhuma outra esfera, serve de chão e fundação para as ciências. Um curso de teologia (respeitado e incluído a transcendência) pelo MEC é o mais sério retorno, que não encaro de forma negativa, ao princípio do fazer científico. Isso porque reconhece que a ciência (ou ciências) não sustenta a si mesma. Sendo assim, eu lhe pergunto: qual o status epistemológico da teologia??? Se pudesse concretizar as conseqüências de suas premissas, fatalmente acabaria desempregado.
2) O parecer do MEC é contraditório e equivocado. Isso porque defende como princípio de sua própria existência a exclusão do transcendente. Em meu ponto de vista este é o ponto de maior equívoco e até onde percebo não é um erro apenas do parecer, mas da própria epistemologia científica que foi legitimada por nossa nação. Reconheço que, se caso, este princípio fosse comprovadamente pertinente, então se justificariam as demais ações.

No mais agradeço pela participação e aguardo sua resposta

Não acho que títulos sejam importantes pra justificar uma boa formação, mas a título de conhecimento, sou formado em Teologia pela FTBP e estou terminando o Bacharel em Filosofia pela UFPR. (e extremamente ansioso por ingressar no mestrado e doutorado, visto que isto vai legitimar muita coisa)

Rodrigo Walicoski Carvalho

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