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2. Trata-se de uma panorâmica das perspectivas contidas no Antigo Testamento - profética, sacerdotal e sapiencial -, bem como da perpectiva com que o Cristianismo releu essa porção majoritária das Escrituras.
3. Assim, não se trata de apresentar o Antigo Testamento, mas de mostrar como ele chegou a ser construído a partir de posições teológicas, culturais e políticas tão diferentes quanto os diversos profetismos de Israel e Judá, as várias categorias sacerdotais e os amplos movimentos chamados de "sabedoria". A perspectiva cristã entra, aí, como uma perspectiva "de fora", conquanto tenha nascido também como movimento judaico, do qual, contudo, se distanciará por razões histórico-teológicas, sob influência grega.
4. Observar as perspectivas do Antigo Testamento proporciona um acréscimo de sobriedade à leitura das Escrituras, porque permite situar cada texto, logo, cada discurso, em seu respectivo nicho cultural e ideológico. Um "Antigo Testamento" profético é alguma coisa bastante diferente de um "Antigo Testamento" sacerdotal, dos quais o "Antigo Testamento" sapiencial encontra-se ainda mais distante. A rigor, há vários "Antigos Testamentos" dentro do Antigo Testamento, fato que a sua canonização não logrou dissolver - isso porque a característica de cada perspectiva encontra-se assentada em sua ideologia religiosa que, invariavelmente, se deixa captar por meio da linguagem através da qual ela se materializa.
5. Estão convidados os leitores e as leitoras.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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