1. Está definitivamente aberta - e já há alguns meses - a campanha presidencial para 2010. As forças que, ao mesmo tempo, são anti-Lula e pró-oligarquia/elitocracia estão em campo. Estão entranhadas em setores importantes da sociedade - no Legislativo (às pencas, chegando a prometer dar surras em Lula, o paspalhão), no Executivo (o que não deixa de ser uma ironia), no Judiciário (precisa dar nome?), na mídia (da Veja à Globo, sempre a Globo, passando por Folha, Isto É e subsidiárias), e não apenas na sala das respectivas presidências de tais "agências de comunicação", mas também na ante-sala da redação e nos "profissionais" de reboque, na siciedade civil, aquela caracterizada pelo insofismável "Cansei", na Igreja, nisso dividida, e por aí vai. Dessas forças, vale repetir aqui o que Ciro Gomes disse, há uma semana, a respeito "guru"-mor que lidera a correição plutocrática: não tem compromisso nenhum nem com a verdade nem com o povo brasileiro.2. Assim, recomenda-se olhos e ouvidos muito, muito atentos, muito, muito críticos, porque a onda de esgoto e cinismo que há de atravessar cada rua desse país até 2011 não há de ser comparável ao fedor da Baía de Guanabara, ali, pelas beiras do Caju. E federá, porque constituída do mesmo material mal-cheiroso.
3. Trava-se, diante dos olhos bovinos de uma população como que para isso transformada em gado, uma batalha pelo Brasil que se quer. Não, a História não pára. O Brasil será o que vier a ser. O lamentável é que se encaminhe, como em seus quinhentos anos de história, como sempre, mais uma vez, para o benefício de uma elite mínima em tamanho, mas máxima em voracidade.
4. Que venha a luta.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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