1. Ai do pastor, do padre, do sacerdote, do religioso, no masculino e no feminino, no singular e no plural – que se consomem em holocausto a Deus no serviço ao outro. Não é ao outro que eles servem, mas a uma idéia... Eles se consideram amorosos...
2. Ai do pastor, do padre, do sacerdote, do religioso – que para mover-se em direção ao outro, justifica-se na idéia de Deus... Ele se considera sábio...
3. Ai do pastor, do padre, do sacerdote, do religioso – cujos olhos têm de projetar no outro a imagem arquetípica de Deus, para fazer dele, homem, objeto de cuidado... Ele se considera lúcido...
4. Ai do pastor, do padre, do sacerdote, do religioso – cujo cuidado custa a retórica da idéia de Deus, a quem serve... Ele se considera humano...
5. Porque não é o cuidado do outro que o move, mas uma idéia.
6. Porque não é a face humana que o constrange, mas uma idéia.
7. Porque não é a carne humana que ele vê, mas uma idéia.
8. Porque não é a humana condição que se estampa em suas palavras, mas uma idéia.
9. Não é ao homem que ama o religioso – é à idéia nele projetada.
10. Não é ao homem que o religioso se dirige – mas à própria idéia que o move.
11. Não é outro o significado também da teologia de esquerda, o cuidado do outro como imposição de Deus: é Deus o mandante do amor. Se Deus não manda, não há cuidado, e só há cuidado onde Deus manda, onde Deus é.
12. Em todos os casos, nunca são seres humanos em relação humana – são jogos religiosos no tabuleiro do artifício.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Ai do pastor, do padre, do sacerdote, do religioso – que para mover-se em direção ao outro, justifica-se na idéia de Deus... Ele se considera sábio...
3. Ai do pastor, do padre, do sacerdote, do religioso – cujos olhos têm de projetar no outro a imagem arquetípica de Deus, para fazer dele, homem, objeto de cuidado... Ele se considera lúcido...
4. Ai do pastor, do padre, do sacerdote, do religioso – cujo cuidado custa a retórica da idéia de Deus, a quem serve... Ele se considera humano...
5. Porque não é o cuidado do outro que o move, mas uma idéia.
6. Porque não é a face humana que o constrange, mas uma idéia.
7. Porque não é a carne humana que ele vê, mas uma idéia.
8. Porque não é a humana condição que se estampa em suas palavras, mas uma idéia.
9. Não é ao homem que ama o religioso – é à idéia nele projetada.
10. Não é ao homem que o religioso se dirige – mas à própria idéia que o move.
11. Não é outro o significado também da teologia de esquerda, o cuidado do outro como imposição de Deus: é Deus o mandante do amor. Se Deus não manda, não há cuidado, e só há cuidado onde Deus manda, onde Deus é.
12. Em todos os casos, nunca são seres humanos em relação humana – são jogos religiosos no tabuleiro do artifício.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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