1. Muito revelador o último post de Jimmy - (2009/030) Racionalismo blasé e experiência religiosa: a razão cega diante do intratável -, esse que ainda destrincho, como porco à ceia, tendo-o comido pela metade, e que, nesse momento, para para a digestão. É daqueles tipos de textos que, depois deles, não mais pode o postador "esconder-se". Não é um texto de "infância" - é um doutorando quem o sacode diante dos olhos de quem ele sabe quem sou: logo, também é para outras testemunhas que faz o gesto. A retórica de Jimmy, ali, encaminha-se para a insitência na possibilidade do apontamento - por meios que supostamente não fariam do dedo um dedo como o dos "ontológicos" desde há muito por ele criticados - de "Deus". Com minha inexpressível excessão, cerca-se de quem aprovaria a retórica. Honra-me, de algum modo, merecer o discurso, ainda que nele eu seja pintado como um crítico racionalista incoerente e equivocado, imprestável para a análise do fenômeno religioso, porque não aceitaria mais essa retórica do apontamento (juro que cuidava morto, por asfixia, esse argumento, mas ei-lo aí, insuspeita a sua origem recente, oxalá regada a vinho...). Lá se vai, é o que se vê, Jimmy... Apostara fichas caras. Eventualmente as perca... Não faz mal, que as tenho cá no peito as gastar com outras apostas.
2. Eu não. Eu ficarei aqui, nem que seja só, eu e a crítica radical do XIX. Na pior das hipóteses, um calo. Aviso: não se poste nada, não se publique nada, se não quer a minha crítica, que, se em minhas mãos cair, ela será implacável (o Oráculo acha, e me conta). É-o em face dos "inimigos". Sê-lo-á, não haja dúvidas, em face, também, dos "amigos". Não os terei, por meio de administração.
3. A incógnita é Haroldo. Como se comportará. Para aonde irá? Por onde caminhará? Não se pode passar em silêncio por essa provoação jimmyana - e ter Jimmy colocado Haroldo exatamente na minha posição, o que não é, nem de longe, correto, talvez seja uma provocação direta ao meu amigo e professor, como a exigir dele um "epa!, eu não". Vamos aguardar...
4. Mas não imaginava uma guinada tão rápida. É verdade que ela não é, de todo, surpreendente. É preciso raiz, e firme, para que as posições se sustentem, para que elas, inclusive, germinem. Beija-flores são muito ágeis. É necessário ser condor. E isso exige, primeiro, tempo. Depois, uma viagem para dentro de si, sem ábacos e calculadoras. A outro, Jimmy, eu já teria perguntado qual foi a conta. E, seja como for, não sou "critério" para o conteúdo dos "quatro anos" - o que quer que eles produzam, não me tenha por "juiz", conquanto, ah, sim, por crítico. Mas crítico não é juiz, não tema.
5. No momento, concentro-me em Haroldo. Mantenho-me numa expectativa excitada. O que meus ouvidos ouvirão desse amigo, depois de terem-se emprestado àquele, e não esperavam tanto... De que sono despertas, Jimmy?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Eu não. Eu ficarei aqui, nem que seja só, eu e a crítica radical do XIX. Na pior das hipóteses, um calo. Aviso: não se poste nada, não se publique nada, se não quer a minha crítica, que, se em minhas mãos cair, ela será implacável (o Oráculo acha, e me conta). É-o em face dos "inimigos". Sê-lo-á, não haja dúvidas, em face, também, dos "amigos". Não os terei, por meio de administração.
3. A incógnita é Haroldo. Como se comportará. Para aonde irá? Por onde caminhará? Não se pode passar em silêncio por essa provoação jimmyana - e ter Jimmy colocado Haroldo exatamente na minha posição, o que não é, nem de longe, correto, talvez seja uma provocação direta ao meu amigo e professor, como a exigir dele um "epa!, eu não". Vamos aguardar...
4. Mas não imaginava uma guinada tão rápida. É verdade que ela não é, de todo, surpreendente. É preciso raiz, e firme, para que as posições se sustentem, para que elas, inclusive, germinem. Beija-flores são muito ágeis. É necessário ser condor. E isso exige, primeiro, tempo. Depois, uma viagem para dentro de si, sem ábacos e calculadoras. A outro, Jimmy, eu já teria perguntado qual foi a conta. E, seja como for, não sou "critério" para o conteúdo dos "quatro anos" - o que quer que eles produzam, não me tenha por "juiz", conquanto, ah, sim, por crítico. Mas crítico não é juiz, não tema.
5. No momento, concentro-me em Haroldo. Mantenho-me numa expectativa excitada. O que meus ouvidos ouvirão desse amigo, depois de terem-se emprestado àquele, e não esperavam tanto... De que sono despertas, Jimmy?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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