terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

(2009/015) ... e um de István Mészàros


1. "A alienação só pode ser vencida com educação" (entrevista de István Mészàros concedida ao periódico Brasil de Fato, edição 169, maio de 2006, p. 8 e disponível no site do Partido dos Trabalhadores). Será que daí decorre minha aguerrida relação com a crítica teológica, porque, a rigor, sabia eu que a crítica é a única forma de desalienação? Quem sabe?

2. Recordo-me daquele diálogo com a sociológica que se dizia weberiana, e que, contudo, afirmava que, se o sujeito religioso deixa-se esclarecer - antropologicamente, sociologicamnete, psicologicamente, fenomenologicamente, etnologicamente -, o "fenômeno religioso" no qual ele está inserido dissolve-se. Ora, retruquei, temos aqui uma boa marxista... Não! Sou weberiana! Ora, querida, e como crês que a religião só é possível na alienação? Não ouvi resposta...

3. Bem, quanto à religião conforme a conhecemos e praticamos, aposto todas as minhas moedas em Marx - quando a alienação é superada pela "ciência", ela, a religião tal qual a conhecemos, revela-se como mito e alienação. Não creio que, depois disso, ela desaparece. Mas que se transforma, que muda, totalmente, irreconciliavelmente, não tenho dúvidas. O difícil é ver isso, já que estamos cheios de profissionais cripto-marxistas disfarçados de simbologistas no campo...

4. A propósito, não é um crime de lesa-semântica (de lesa-humanidade também?) aquilo que se pratica na forma de "educação" (?) religiosa em nossas "comunidades"? A mistificação, o obscurantismo institucional, a catequese - a alienação programática: pode isso ser chamado pelo nome de "educação"?


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Sobre ombros de gigantes


 

Arquivos de Peroratio