1. Apenas um citado que me pareceu profundo, e que me comoveu:
1.1 Vem em seguida a concepção da vida. O problema da vida também se coloca para vós de maneira abstrata: a vida concreta, certo, mas a vida concreta em geral, o 'sopro de vida' que anima a matéria - sim, é este sopro que vos comove; mas a vida triunfante, brutal, do marinheiro que apaga seu cigarro nas tapeçarias do Kremlin, essa vos amedronta, e dela não desejais ouvir falar, e no entanto é isso a vida. Mas vós não amais a vida. Preferis rodar à volta das abstrações, tendo bastante cuidado de evitar o homem! No homem tudo vos comove, salvo o próprio homem. E é a eloqüência bergsoniana que preferis à revolução. Preferis reduzir a vida a um sopro, a um soprinho bem comportado, no qual logo fazeis suaves afagos; esse sopro vos comove: pois é bem fraco e comovente. Mas a torrente da vida vos repugna. Derramais lágrimas de crocodilo sobre a evolução criadora - sim, a evolução criadora, criação de formas sempre novas..., adorais tudo isso, mas achareis bastante insípida A Evolução Criadora, a partir do momento em que vos disserem que a evolução criadora é, precisamente, a revolução" (Georges Politzer, A Filosofia e os Mitos. Rio deJaneiro: Civilização Brasileira, 1978 [1925]).
2. E vos deixo com isso a pensar, porque, no momento, é com isso que me ocupo aqui.
1.1 Vem em seguida a concepção da vida. O problema da vida também se coloca para vós de maneira abstrata: a vida concreta, certo, mas a vida concreta em geral, o 'sopro de vida' que anima a matéria - sim, é este sopro que vos comove; mas a vida triunfante, brutal, do marinheiro que apaga seu cigarro nas tapeçarias do Kremlin, essa vos amedronta, e dela não desejais ouvir falar, e no entanto é isso a vida. Mas vós não amais a vida. Preferis rodar à volta das abstrações, tendo bastante cuidado de evitar o homem! No homem tudo vos comove, salvo o próprio homem. E é a eloqüência bergsoniana que preferis à revolução. Preferis reduzir a vida a um sopro, a um soprinho bem comportado, no qual logo fazeis suaves afagos; esse sopro vos comove: pois é bem fraco e comovente. Mas a torrente da vida vos repugna. Derramais lágrimas de crocodilo sobre a evolução criadora - sim, a evolução criadora, criação de formas sempre novas..., adorais tudo isso, mas achareis bastante insípida A Evolução Criadora, a partir do momento em que vos disserem que a evolução criadora é, precisamente, a revolução" (Georges Politzer, A Filosofia e os Mitos. Rio deJaneiro: Civilização Brasileira, 1978 [1925]).
2. E vos deixo com isso a pensar, porque, no momento, é com isso que me ocupo aqui.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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