Sobre dízimo.
Dou aulas de teologia ha quase 25 anos. Aprendi uma coisa: os alunos entram todos encenando o papel de crentões, não importando se sejam ou não, porque, na prática, as pessoas encenam um papel, e se comportam como a média do grupo social em que estão inseridos. Passa um tempo, começa a poda dos galhos...
O assunto, então, que mais lhes interessa é dízimo. Parece que estão com tanta vontade de parar de dar dinheiro para igreja que se tornam ávidos por um argumentozinho que seja para justificar sua mão de vaca. Macaco velho, há anos deixei de tratar do tema. Esse semestre, todavia, dei conta do programa antecipadamente, e ontem me pediram para falar sobre o tema.
A aula transcorreu sobre as forma de sustento dos diversos aparelhos de culto em Israel e Judá, antes do período sacerdotal, durante e depois. Chegamos até a Alemanha luterana, cujos dízimos são descontados em contra-cheque...
E concluí assim. Deixando a patifaria larápia e mafiosa de lado, a vinculação a uma comunidade é uma questão de amor. Quem ama, se importa, quem ama se sente responsável, comprometido. Quando você começa a desejar não dar mais dinheiro para a igreja, é porque não gosta mais da(quela) igreja.
Bem, pode ser uma de duas coisas. Não gosta mais da igreja. Pois, então, saia e vá cuidar da vida. Largue igreja pra lá. Vá gastar seu dinheiro com coisas que você realmente ame. Todavia, pode ser que não seja o caso de você não amar mais a igreja, mas de não amar mais aquela ali, onde você está. Pois saia dela e vá para outra. Procure uma comunidade que você ame e, porque ama, tenha desejo e alegria de dar dinheiro.
Quando você tem dó de gastar, você não ama. Ficar numa comunidade que não se ama é doentio. Seja indo embora da igreja, seja indo embora daquela igreja, resolva sua vida, cure sua alma. Se precisa de comunidade para ser feliz, então procure uma comunidade que mereça seu dinheiro, e que faça com ele o que você julgue dever da comunidade fazer...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
3 comentários:
Simples assim.
A namorada só ganha presente quando é amada ( ou há outros interesses ).
Amor e dinheiro, sempre juntos.
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